Professor Eugênio Maria Gomes também comentou seus projetos, como o ‘Radiografias do Cotidiano’, que chega a décima edição
CARATINGA – O DIÁRIO publica, a partir de hoje, a coluna quinzenal “ACL em Verso & Prosa”, uma publicação da Academia Caratinguense de Letras. A coluna contará com a participação de todos os acadêmicos da ACL e será organizada pelo professor Eugênio Maria Gomes. Aproveitamos a vinda do acadêmico à redação para tratar do assunto e fizemos uma rápida entrevista com ele.
Estávamos sentindo falta da publicação da Academia, professor…
A ACL tem publicado muito, através de seus membros, só que de forma individualizada. Agora, com a aprovação do nosso presidente, também publicaremos em conjunto. Agradecemos ao DIÁRIO a cessão do espaço.
Quantos anos tem a ACL?
A ACL tem 33 anos de fundação. Ela foi criada em novembro de 1983, pelo grande mestre Monir Ali Saygli, que foi seu presidente até o final de 2016. Hoje, a ACL é presidida pelo ilustre confrade doutor Hélio Amaral.
Recentemente divulgamos a posse de novos acadêmicos, em uma linda cerimônia por sinal. Quantos membros tem a ACL?
Sim, a cerimônia de posse de novos membros da ACL é muito bonita. Cada academia acaba criando o seu próprio ritual de posse. A nossa faz questão de encenar a eleição dos novos membros, inclusive com a queima dos votos. Uma forma de compartilhar com a comunidade a importância de participar de uma instituição tão grandiosa. A ACL conta, hoje, com 17 membros, todos escritores e amantes das letras.
A ABL – Academia Brasileira de Letras é considerada meio “machista”, com pouca participação das mulheres na composição de seu quadro. Essa é a realidade da ACL?
Não. Na ABL as mulheres representam pouco mais de 12% dos acadêmicos. Na ACL elas ocupam 35% das cadeiras, capitaneadas pela grande escritora Marilene Godinho, orgulho da nossa Literatura.
Fale sobre as atividades da ACL. O que ela tem feito e quais são os novos projetos?
A ACL tem se mostrado uma das Academias mais atuantes da região. Ela tem apoiado o lançamento de livros e de novos autores. Recentemente promoveu a sua 1ª Feira Literária, quando arrecadou e distribuiu mais de 1000 livros. Além disso, seus membros publicam muito e atuam no incentivo da leitura e da escrita. A Academia tem feito questão de participar dos mais diversos eventos culturais da cidade e, principalmente, tem prestigiado o lançamento de livros alguns acadêmicos fazem questão de colocar a logomarca da ACL em suas obras. Eu mesmo, até nos livros publicados em editoras do Rio e São Paulo faço questão de constar a marca da ACL. Isto, também, é importante para o próprio autor, ter a obra chancelada pela Academia Caratinguense de Letras. É o que acontece, também, com os livros escritos por vários autores, como o que é lançado, anualmente, pela Loja Maçônica Obreiros de Caratinga, cujo quinto volume será entregue à comunidade, no próximo dia 13. Como novos projetos, além da publicação desta coluna quinzenal, no final do ano pretendemos lançar a nossa revista literária. Também realizaremos a 2ª Feira Literária, em outubro, com o apoio do Lions Clube Caratinga Itaúna e da grande parceira da ACL, a Fundação Educacional de Caratinga, que inclusive cede uma de suas salas para a realização de nossas reuniões.
A Academia não deveria ter um local próprio para o seu funcionamento?
Sim. Seria muito importante um local, para que pudéssemos ter a nossa biblioteca, guardar os nossos arquivos etc. Estamos com esperança de que uma sala do antigo Fórum seja cedida à ACL para que possamos ter um local próprio para guardar nosso acervo, exemplares de nossas publicações etc.
Por falar em publicação, o senhor teve uma grande produção, literária em 2016. Para 2017 quais são os projetos?
Realmente, em 2016, a produção foi grande. No total foram 5 livros de minha autoria e 4 organizados por mim, dos quais também fui coautor. Não, em 2017 não pretendo publicar e organizar 9 livros… Preciso desacelerar… Estou entrando no nono ano de publicação de livros e já são três dezenas de livros escritos e ou organizados por mim.
Este ano o senhor lançará mais um volume da série Radiografias do Cotidiano certamente. A data será abril, como todo ano?
Sim, o nono volume da série será lançado em abril, como tem acontecido todos os anos. Pretendo encerrar esta série ano que vem, com o lançamento do 10º volume. A partir daí ficarei, apenas, com a série “Sem Data de validade”.
Qual instituição será ajudada com o nono volume do “Radiografias”? Como isso é possível, já que a renda é totalmente revertida para o social?
Eu consigo doar toda a renda porque conto com a parceria das instituições que arcam com os custos de produção e impressão da Obra, a exemplo do Supermercado do Irmão, da Viação Riodoce, da PMC, do GOB-MG e do Centro Universitário de Caratinga. Este ano, a renda será destinada às atividades do Coral Menino Jesus de Praga e da Pastoral do Idoso da Diocese de Caratinga.
Professor, o que podemos esperar da coluna “ACL em Prosa & Verso”?
Muita coisa boa, literatura de primeira linha. A começar pela primeira publicação, de autoria do nosso presidente emérito, professor Monir Ali Saygli, que tratará justamente da ACL. O leitor, também terá acesso a grande diversidade de temas, de gêneros e de estilos. Por ela desfilarão autores como o Monsenhor Raul Motta de Oliveira, Marilene Godinho, Hélio Amaral, José Lacerda da Cunha, Humberto Luiz Salustiano Costa, apenas para citar alguns. Será, certamente, uma grande oportunidade de se fazer uma boa leitura.