Presa ‘mãe’ que jogou a filha no lixo

Delegado Diogo Medeiros ouviu a ‘mãe’ do bebê

1Delegado fala sobre o caso e informa que criança morreu por asfixia

CARATINGA – Desde o domingo (21), Vanusa da Silva Gregório, 32 anos, está detida no presídio de Caratinga. Ela é acusada de jogar a filha recém-nascida numa caçamba de lixo. A criança chegou a ser socorrida, mas morreu ao dar entrada na maternidade. O fato ocorreu na manhã do último sábado (20) no Bairro Bom Pastor e provocou forte clamor, com populares tentando agredir a Vanusa e seu irmão Ney da Silva Gregório. Os ânimos só foram contidos com a chegada da Polícia Militar.

De acordo com Diogo Medeiros, delegado que estava de plantão e recebeu esse caso, Vanusa foi ouvida na maternidade, quando estava sob escolta policial. Segundo depoimento, Vanusa disse que entrou em trabalho de parto por volta de meia-noite. Ela alegou que acionou por três vezes os bombeiros, mencionando o endereço onde estava, mas acabou desmaiando. Quando acordou, o

Delegado Diogo Medeiros ouviu a ‘mãe’ do bebê

Delegado Diogo Medeiros ouviu a ‘mãe’ do bebê

recém-nascido estava entre suas pernas. Então ela o embrulhou numa toalha, colocou-o na cama e foi dormir. Vanusa disse ainda que quando acordou tinham muitos populares em sua casa e ela não sabia o que havia acontecido com o bebê.

“O corpo do bebê passou por necropsia e o laudo apontou que a causa da morte foi asfixia, portanto desconsideramos a morte natural e ela nasceu com vida, não existiu o aborto, surgindo então o infanticídio (morte do filho provocada pela mãe por ocasião do parto ou durante o estado puerperal)”, explicou o delegado Diogo.

Sobre o fato de Ney da Silva Gregório ter levado, a pedido da irmã, a bebê para o lixo; segundo o delegado, isso não ficou constatado nos depoimentos. Conforme o delegado Diogo Medeiros, apesar do irmão de Vanusa ter problemas mentais, ele foi categórico em dizer que levou o recém-nascido ao lixo por conta própria e Vanusa afirma não saber o que acontecer enquanto dormia. “Ney não sabia o que estava fazendo, tem idade mental de uma criança de 12 anos, por isso não foi preso”, disse delegado.

A prima e a tia de Vanusa disseram que ela não cuidava dos filhos e teria expulsado de casa uma filha de 13 anos. Esse fato aconteceu no ano passado.

Vanusa foi autuada por infanticídio, enquanto Ney foi ouvido e liberado. O inquérito será concluído em dez dias.

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