Roda de conversa no dia 25 de novembro discutiu os tipos de violência listados na Lei Maria da Penha
IMBÉ DE MINAS – A Diretoria de Comunicação, o CRAS e a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Imbé de Minas organizaram uma roda de conversa sobre os tipos de violência contra a mulher elencados na Lei Maria da Penha. O evento aconteceu na Câmara Municipal, no dia 25 de novembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Não Agressão Contra as Mulheres.
No discurso inicial, o prefeito Batista lembrou que a violência contra a mulher foi normalizada ao longo dos anos. “Antes, era comum ouvir histórias de agressões do marido e ninguém falava nada. Existe até um ditado popular: ‘em briga de marido e mulher, não se mete a colher’. Hoje, se alguém diz que uma mulher apanhou, já há uma condenação da violência, as pessoas já comentam que é errado. Há leis para amparar a mulher agredida, como a Lei Maria da Penha, que completa 15 anos em 2021”, disse o prefeito.
A Lei Maria da Penha estipula cinco tipos de violência contra a mulher. Para abordá-los, a organização do evento trouxe cinco convidados.
A violência física foi explicada pelo sargento Gleidson, representante da Polícia Militar de Imbé de Minas. “A partir dos dados da PM nos últimos cinco anos, é possível concluir que houve um aumento do registro da violência contra a mulher no nosso município. O pico foi em 2019, quando foram registradas 38 ocorrências. É preciso destacar que o registro de violências na zona rural também aumentou, o que é positivo. Quanto mais registros, mais punições e menos impunidade”, analisa.
A violência psicológica foi debatida pela psicóloga do CRAS, Géssika Barbosa. “Esse tipo de violência acontece em ciclos repetitivos. Começa com o futuro agressor envolvendo a mulher, conquistando-a até dominá-la. Ele controla as roupas, as amizades, entre outros. Se algo não sai como ele quer, é comum o uso dos tipos de violência. Por último, a fase chamada de ‘lua-de-mel’, onde o agressor mostra-se arrependido, mas até somente a voltar ao comportamento da primeira fase”, explica.
A secretária de Saúde, Cristina Peixoto, destacou que há uma rede de apoio no município para atender a mulher vítima de violência sexual. “Contamos com uma rede de apoio. Nossos médicos e enfermeiros são capacitados. Quando somente este atendimento não é suficiente, a vítima é encaminhada para psicólogos e, se for caso de medicação, para psiquiatras, e também para ginecologista”, destaca.
A violência patrimonial é mais comum do que se pensa, como explicou a advogada Nathália Oliveira. “Esse tipo de violência ganhou forma com a Lei Maria da Penha. Ela pode ser entendida como qualquer conduta que mine a autonomia financeira da mulher, como por exemplo, reter, subtrair, destruir parcial ou totalmente objetos ou patrimônios”, ensina.
Segundo a secretária de Assistência Social, Rita de Cássia, a violência moral está ligada à violência psicológica. “Ambas se complementam. A violência moral é uma forma de expor a mulher em público usando xingamentos, comentários ou fatos que se mostrem mentirosos”, afirma.
Após a exposição, a plateia e os internautas interagiram com os convidados. Ao final, houve um sorteio de brindes e foi servido um café da manhã.
ASSISTA ON-LINE
O evento foi transmitido pela página da Prefeitura Municipal de Imbé de Minas. A live está disponível no seguinte link: https://bityli.com/VY55xQ
Assessoria de Comunicação