Secretaria de Saúde afirma que ações de combate serão intensificadas, apesar da baixa no número de casos suspeitos
CARATINGA- A exemplo de outros municípios do Leste de Minas, Caratinga apresentou em janeiro de 2017 um alto de índice de infestação do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2017 apresentou o resultado de 4,6%, colocando Caratinga no mapa dos municípios com alto risco de uma epidemia.
Além dos riscos de uma epidemia de Dengue, Zika e Chikungunya, o município poderia enfrentar uma epidemia de febre amarela urbana. Isso porque o Aedes aegypti é o transmissor da doença no meio urbano, e Caratinga enfrentou um surto de febre amarela silvestre no período em que o índice de infestação estava muito acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é no máximo de 1%.
Ciente dos riscos de uma epidemia no município, a Prefeitura de Caratinga se preparou para conter o avanço do mosquito, garantindo os recursos necessários para o controle. Também foi preciso a contratação, em caráter de urgência, de dezenas de agentes de combate a endemias, que foram treinados para desenvolverem as atividades de vigilância, prevenção e controle do mosquito transmissor.
De acordo com o Executivo, a Prefeitura também buscou junto ao Governo Estado, garantir os insumos e equipamentos necessários para utilização do Fumacê (UBV pesado) em Caratinga. “Isso devido ao alto índice de infestação do Aedes aegypti registrado na primeira semana epidemiológica de 2017, o que somado às outras ações de responsabilidade do Município, foi possível conter o avanço do mosquito Aedes aegypti no perímetro urbano”.
Mesmo com a ocorrência reduzida de casos suspeitos de Dengue, Zika, Chikungunya em Caratinga no primeiro trimestre de 2017, a Secretaria de Saúde acredita que as ações de controle do mosquito devem ser intensificadas, haja vista o avanço da Chikungunya na região, por exemplo, no município de Governador Valadares, o qual tem registrado um alto número de casos suspeitos da doença, representando mais de 60% dos casos suspeitos registrados no Estado de Minas Gerais.
Veja o balanço dos casos registrados em Caratinga:
Registro de Casos Suspeitos de Zika Virus Notificados em Caratinga –
Período 2016/2017
Bairros/Distritos | 2016 | 2017 |
Nossa Sra. Aparecida | 42 | – |
Esperança | 30 | – |
Santa Zita | 23 | – |
Santa Cruz | 16 | – |
Das Graças | 08 | – |
Esplanada | 07 | – |
Centro | 06 | – |
Salatiel | 06 | – |
Anápolis | 04 | 01 |
Limoeiro | 04 | – |
Santo Antônio | 02 | – |
Zacarias | 02 | – |
Total | 150 | 01
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Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
Registro de Casos Suspeitos de Chikungunya Notificados em Caratinga
Período: 2016/2017
Bairros/Distritos | 2016 | 2017 |
Esperança | 08 | 02 |
Santa Zita | 06 | 02 |
Anápolis | 06 | – |
Santa Cruz | 04 | – |
Centro | 02 | 02 |
Esplanada | 03 | – |
Bom Pastor | 01 | – |
Nossa Sra. Aparecida | 01 | – |
Dom Modesto | – | 01 |
Total | 31 | 07 |
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
Registro de Casos Suspeitos de Zika Vírus, Chikungunya e Dengue Notificados em Caratinga, Ipatinga e Governador Valadares
Até Março de 2017
Bairros/Distritos | Caratinga | Ipatinga | Governador Valadares |
Zika Vírus | 01 | 21 | 160 |
Chikungunya | 07 | 06 | 3.074 |
Dengue | 23 | 266 | 1.634 |
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
Registro de Casos Suspeitos de Dengue Notificados em Caratinga
Período: 2012 a 2017
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)