CARATINGA- Os caratinguenses ficaram perplexos com a história de Hélcio Alves da Silva, de 52 anos, morador da Rua Coronel Chiquinho, Bairro Esperança. Na edição de ontem, o DIÁRIO DE CARATINGA falou sobre a situação do homem, que vivia em condições sub-humanas e precisou ser encaminhado ao Pronto Atendimento Microrregional (PAM), pois estava bastante fragilizado.
A Reportagem esteve no PAM na tarde de ontem, em busca de notícias sobre o estado de saúde de Hélcio. Segundo informações, ele deu entrada na unidade de saúde com alguns ferimentos e com um quadro de hipoglicemia, pois não estava se alimentando nos últimos dias. Hélcio passou por exames, foi medicado e apesar de agitado, já está apto para receber alta.
A situação foi acompanhada pela coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Santa Cruz, Edivânia Batista Carlos. “Entramos em contato com um familiar, ele ficou de ir até o Cras para que possamos providenciar o seu retorno para casa e que tenha um acompanhamento da família. Mas, até então não é possível que ele retorne para a sua casa. Assim que ele for liberado vamos providenciar um espaço para levá-lo para que se recupere”.
O Cras continua em busca de diálogo tentando convencê-lo a aceitar os serviços ofertados. “O Hélcio estava totalmente fraco e fragilizado devido à condição de saúde. Ele não deu muita abertura no diálogo. Não sei se por ainda estar um pouco fraco, ou não querer, mas vamos continuar conversando com ele, propor esse espaço para ver se ele concorda. E também dele se tratar com os medicamentos corretamente, a questão da dependência química, porque ele faz uso de álcool e prepará-lo para retornar para casa e levar uma vida de forma digna”.
A história de Hélcio comoveu até mesmo a associação de moradores da comunidade Santa Isabel. Eles estão se mobilizando e organizando um mutirão para limpeza da casa de Hélcio. Além disso, apesar da alta médica, a Secretaria de Desenvolvimento Social está providenciando junto ao PAM uma autorização para que ele possa permanecer no local até consigam um local provisório.
A tesoureira da associação de moradores, Rosa Bento, também esteve no PAM. Ela afirma que a comunidade está se unindo para ajudar Hélcio. “O Hélcio era de ficar mais na rua. Agora que está tendo essas crises, a situação está mais preocupante. A comunidade vai acolhê-lo e ajuda-lo”.