CARATINGA – O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga promoveu um seminário com 23 prefeitos dos municípios que compõem a bacia. O encontrou aconteceu na tarde de ontem e serviu para discutir o plano municipal de saneamento que deve ser apresentado até dezembro de 2015. É responsabilidade de cada município a elaboração do plano, mas o Comitê oferece apoio na contratação e orientação das empresas que irão fazer o planejamento para os municípios.
A presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga, Nádia de Oliveira Rocha, explicou a importância do encontro realizado em Caratinga. “Fizemos o nivelamento para que os prefeitos conheçam o que é plano municipal de saneamento e como ele deve ser trabalhado. Enfim, um encontro para incentivar a participação das prefeituras. Os municípios que tem que entregar o plano até, pelo menos, final de 2015 e isso desperta a questão de trabalhar o saneamento básico”, disse Nádia de Oliveira Rocha.
Nádia Rocha lembrou que o saneamento básico também reflete no abastecimento das residências, que já está comprometido em várias cidades brasileiras. “Além da preservação da água, temos que tê-la limpa. A questão da água tem tratamento técnico. Existem coisas como irrigação desenfreada e poluição que refletem na falta de água. Antigamente diziam que a água era infinita, principalmente em Minas Gerais, mas hoje sabemos que a água é um bem finito”, explica a presidente do Comitê.
O IBIO, Instituto BioAtlântica, é o braço executivo dos comitês das bacias do Rio Doce. O diretor técnico do IBIO, Edson de Oliveira, lembra que são vários que os programas que visam recuperar a bacia. “Antigamente tínhamos a ideia que saneamento era somente água e esgoto, mas hoje tratamos o saneamento como água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos que impactam diretamente o meio ambiente e impactando também a quantidade e qualidade de água das bacias do Rio Doce. O programa do saneamento é apenas um dos programas que trabalhamos, temos também a recuperação de nascentes, ou seja, são vários programas que visam recuperar as bacias o mais rápido possível”.
O prefeito Marco Antônio Junqueira destacou a importância do trabalho em nível microrregional. “Não adianta Caratinga no ano que vem estar com todo seu esgoto tratado e o aterro sanitário regularizado, mas as cidade vizinhas tem que trabalhar dessa forma. Não adianta trabalhar a despoluição do Rio Caratinga se as outras cidades cortadas pelo rio não tiverem nenhuma ação. Este plano é para cada município, porém tem um pensamento microrregional”, analisou o prefeito.
A construção de redes de captação de esgoto às margens dos córregos e rios, no município de Caratinga, está interrompida momentaneamente. Segundo o prefeito Marco Antônio Junqueira, o cronograma da Copasa era de conclusão dos trabalhos em dezembro deste ano, mas imprevistos na execução da obra irão adiar o término. A Copasa teria solicitado um aporte do Ministério das Cidades de cerca de R$ 10 milhões. Quando a verba chegar, uma nova data para o término da captação será estipulada. Enquanto isso, as obras na Estação de Tratamento de Esgoto, ETE, no Bairro das Graças, continuam.
Um plano básico foi elaborado pelo município de Caratinga para permitir o início das obras de saneamento da Copasa. O plano municipal que deverá ser elaborado agora irá incluir novas diretrizes e novas metas, sendo válido, quando aprovado pela Câmara Municipal, para os próximos vinte anos.
Com informações Rádio Cidade