Portugal ordena saída de 18 mil imigrantes ilegais

Bandeira de Portugal sobre casas de Lisboa. — Foto: Getty Images via BBC

Medida afeta pessoas com pedidos de residência negados; brasileiros acompanham com preocupação

DA REDAÇÃO- O governo de Portugal vai notificar cerca de 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o país voluntariamente no prazo de 20 dias. A decisão foi anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no último sábado (3), e atinge pessoas que tiveram seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Segundo o ministro, os casos analisados não cumpriram os requisitos legais para permanência. Caso os notificados não deixem o país dentro do prazo, poderão ser deportados coercitivamente.

Primeiras notificações já na próxima semana

Amaro informou que 4.574 imigrantes começarão a ser notificados ainda na próxima semana. Ele afirmou que parte significativa dos afetados já possuía ordens de saída emitidas por outros países europeus ou teve a residência negada por envolvimento em questões criminais.

O governo estima que o número de notificações pode aumentar, devido ao acúmulo de cerca de 110 mil pedidos de residência ainda pendentes de análise.

Brasileiros monitoram situação de perto

A Embaixada do Brasil em Portugal está em contato com autoridades locais para obter mais informações sobre o número de brasileiros afetados. O cônsul-geral em Lisboa, Alessandro Candeas, e o embaixador brasileiro, Raimundo Carreiro, afirmaram estar acompanhando o caso de perto.

Apesar de os brasileiros formarem a maior comunidade imigrante em Portugal, dados iniciais indicam que representam uma parcela pequena entre os afetados pela medida.

Imigrantes asiáticos são maioria entre afetados

De acordo com o ministro Amaro, cerca de dois terços dos pedidos indeferidos são de cidadãos da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

Medida é anunciada às vésperas das eleições

A decisão ocorre na véspera do início oficial da campanha para as eleições gerais, marcadas para 18 de maio, após a queda do primeiro-ministro Luís Montenegro, envolvido em um escândalo de corrupção ligado a uma empresa de sua família.

A dissolução do Parlamento foi determinada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, levando o país à terceira eleição geral em três anos.

 

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