Questões de estradas e saúde estão entre as principais reclamações
IMBÉ DE MINAS – Moradores da zona rural de Imbé de Minas dizem que se encontram desamparados. Eles cobram da administração do prefeito Enilson Peixoto do Carmo (PMDB) providências quanto às questões das estradas e saúde.
A reportagem do DIÁRIO esteve nos córregos dos Manducas e em Graçapólis e conversou com os moradores. Alguns se dispuseram a falar; outros, temendo represálias, preferiram relatar suas reclamações, mas pediram para não serem identificados.
ESTRADAS E PONTE
Os ouvidos pela reportagem reclamam que as estradas estão esburacadas. Como se não bastassem as condições das estradas, ainda tem uma ponte que precisa ser reformada de forma urgente. É o que diz Wagner Gualberto Silva. “Trabalho com plantação de tomate, faço uso dessa estrada todos os dias. Como a ponte está em situação precária, usamos outro caminho, mais longe. Seria muito mais viável por essa estrada. Em todas as eleições ouvimos as mesmas promessas, só que ninguém as cumpre. Essa ponte do jeito que está não resolve nada. Tá muito complicado, até de moto é perigoso atravessar essa ponte. Caminhão e carro, nem pensar”, disse Wagner, alegando que essa situação perdura há quatro meses. “Eu mesmo já tive na prefeitura e reclamei, mas nada foi até agora”.
Uma moradora da região também reclama da ponte e tem até medo que seu filho se acidente. “Também já reclamei, mas ninguém fez nada”, acrescenta.
Outro morador, que preferiu dizer apenas seu primeiro nome ‘Ronaldo’, afirmou que o problema da ponte precisa ser solucionado. “Tem três meses que essa ponte tá desse jeito. Falaram que iriam resolver, nas nada foi feito. Promessa foi feita para ser cumprida. Dependemos da ponte todos os dias”, frisou Ronaldo.
Uma mulher disse que ainda há problemas de alagamento. Ele teme que com a chegada das chuvas isso possa acontecer novamente. “Tem um buraco aqui no Córrego dos Manducas que enche de água toda vez que chove. Falaram que iriam arrumar, colocar manilhas. Teve um morador que passou a máquina onde a água escorria, agora se chover, mais pessoas serão prejudicadas. A rua ficará toda alagada. Digo que estamos esquecidos. Não temos apoio”.
SAÚDE
Uma mulher que depende do sistema de saúde alega que não tem remédio e nem médicos para fazerem consulta. Com receitas e pedidos de exames em mãos, a mulher pondera que na gestão passada não havia esse tipo de problemas. “Tenho que tratar de forma particular. Até dinheiro emprestado eu peguei. Agora preciso de médico, mas não sei o que fazer e a quem procurar”, reclama a mulher, alegando que conseguiu uma consulta agendada pela prefeitura, mas ela será atendida somente no ano que vem. “O negócio aqui tá feio. Pobre tá lascado, o povo esta à mingua. Só mesmo Deus para interceder por nós”, disse a mulher, resumindo sua situação.
A mulher também reclamada da falta de veículos para transportar pessoas que precisam do serviço público de saúde. “Tem várias pessoas na mesma situação do que a minha. Mas muitos têm medo de abrir a boca. Tem muita burocracia em Imbé de Minas. Sem falar que somos humilhados muitas vezes. Nas próximas eleições vou pensar bem na hora de votar, ouvir as propostas e chega de promessas. Nem terminar casa popular essa administração vou capaz de terminar. Tá uma vergonha”.
Áurea Lina da Silva, moradora do Córrego dos Manducas, também reclama da área de saúde. Ele argumenta que quando consegue, os resultados dos exames custam a chegar. “Esta cada pior, nem médicos tivemos essa semana (entrevista foi feita na sexta-feira, 7 de novembro). É terrível conviver com essa situação. Só Deus sabe o que passamos. A área de saúde não está valando nada pra mim”, dispara Áurea. “Essa situação tem que ser resolvida. Até agora são só promessas. Deixa em 2016, quando vierem nos pedir votos. Vamos dar nossa resposta nas urnas. O Córrego dos Manduca está esquecido. Estou muito decepcionada com o prefeito Enilson”.
Outra mulher confirma a precariedade do sistema de saúde de Imbé de Minas. “O posto de saúde não tem médico para nos atender. Não estamos conseguindo nem marcar exames. Inclusive um senhor precisou de um exame de coração. Na Secretaria de Saúde ele foi informado que só seria possível no ano que vem. Sem falar que os agentes de saúde não estão fazendo o acompanhamento nas casas. Costumam atender apenas quem eles querem. Também não tem medicamentos para os idosos, não tem remédio contra pressão arterial e nem contra o diabetes. Esses remédios tem distribuição gratuita. Estamos calejados. Falo por mim, tenho duas crianças em casa, se meu marido não tivesse carro seria difícil. Tudo que peço é negado”, lastima a mulher.