CARATINGA – Na manhã dessa quarta-feira, as polícias Militar e Civil, representadas respectivamente pelo tenente Renato e o delegado Almir Lugon realizaram uma coletiva de imprensa para explicar as ações que estão sendo realizadas para desvendar autoria e motivação do assassinato do professor Adriano Almeida, 42 anos.
De acordo com o tenente Renato, desde o encontro do corpo a Polícia Militar realizou todos os esforços para tentar realizar a prisão em flagrante do autor, o que não foi possível.
Dentro do carro do professor, que foi abandonado às margens da MG-329, estrada que liga Caratinga a Bom Jesus do Galho foram encontrados um chinelo e um pendrive. “E próximo ao local onde esse veículo foi localizado, havia uma bermuda da vítima e foi confirmado com familiares que era do professor”, disse o oficial da Polícia Militar.
POLÍCIA CIVIL
Segundo o delegado Almir é preciso deixar claro para a população de Caratinga que a mesma dedicação que foi empenhada no caso de Sirlene Salazar (motorista de aplicativo) que foi solucionado, será dedicado na morte do professor. “Então, é claro que tanto a Polícia Civil, quanto a Polícia Militar, não quer que nenhum tipo de crime aconteça na cidade. Nós moramos aqui, nós servimos essa cidade, nós amamos essa cidade, nossos filhos vivem aqui. Mas quando acontece um evento morte, como nesse caso, o nosso esforço é diferenciado, nós não vamos permitir que isso aconteça na nossa cidade”, disse.
Ainda de acordo com Almir Lugon, três delegados e oficiais da Polícia Militar estão compartilhando todo o conhecimento para solucionar o crime.
Questionado se havia alguma marca de violência no corpo do professor, o delegado disse que havia algo superficial na cabeça e que está sendo feita uma análise mais apurada para verificação se a morte foi por asfixia. “A gente não pode ainda colocar esse ponto como fechado, porque dependemos do fechamento do laudo de necropsia, mas a linha inicial é que a morte teria sido por asfixia. E nós contamos com a colaboração da população nesse caso também. É muito importante, a população está trabalhando em conjunto com a polícia, porque nós estamos aqui para servir a população, a nossa função é essa, então toda informação procedente, toda informação que tiver, que puder ajudar na apuração do caso, nós estamos aqui para apurar, para correr atrás, para investigar, para verificar a procedência, estamos aqui para isso”, concluiu o delegado.
O CRIME
O crime contra o professor aconteceu na última sexta–feira(16). Adriano era professor de Geografia na Escola Estadual Engenheiro Caldas, que fica no bairro Santa Zita e era sócio do cursinho Conectivo.
Logo pela manhã vários grupos de WhatsApp avisaram que o professor estava desaparecido desde a última quinta-feira (15).
Na sexta, por volta das 12h, um ônibus escolar passava pelo córrego Juca Antônio, zona rural de Santa Rita de Minas, quando alunos viram o corpo de um homem às margens da estrada.
A Polícia Militar esteve no local, junto da Polícia Civil e foi constatado que se tratava do professor Adriano. No corpo havia arranhões demonstrando que o corpo tinha sido arrastado e provavelmente tinha sido desovado ali.