CARATINGA – Durante essa segunda-feira (23), a Polícia Militar, com apoio do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), realizou uma blitz educacional no centro da cidade, deflagrando assim a operação Lei Maria da Penha, que tem por objetivo o combate à violência doméstica.
E em todo estado é celebrado o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data foi instituída pela Lei 23.144/2018 e escolhida em virtude do assassinato da servidora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Lilian Hermógenes da Silva, em Contagem, em 23 de agosto de 2016, a mando do ex-marido.
Segundo a sargento Cássia, que faz parte da Patrulha de Prevenção a Violência Doméstica, a operação é para orientar as mulheres a não se calarem, e mostrarem que elas têm onde procurar ajuda. “Estamos a todo o momento aqui para fazer com que as mulheres tenham essa atitude de não se calar frente à violência doméstica”, disse a sargento.
Sargento Cássia explica que o ciclo da violência inicia numa palavra mal falada, num xingamento, menosprezando a mulher como ser humano. “Isso aí já é um tipo de violência, tudo se inicia a partir desse momento, a tendência é só agravar, até chegar ao ápice que realmente é a agressão física. Violência doméstica não é normal, em hipótese alguma, que seja uma palavra, que seja uma prática sexual contra a vontade da mulher, às vezes a pessoa está casada, e nem por isso é obrigada, violência doméstica não tem que ser aceita por parte de ninguém”, disse a sargento.
PATRULHA DE PREVENÇÃO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A Patrulha de Prevenção a Violência Doméstica existe desde 2010 na Polícia Militar e segundo a sargento Cássia, recentemente está migrando para interior e hoje tem na sede de todos os batalhões para dar apoio às mulheres.
Em Caratinga existe a rede de enfrentamento à violência doméstica, que inclui Polícia Militar, Creas, Secretaria de Defesa Social, Ministério Público, Delegacia da Mulher e judiciário. “Nós estamos na Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, fazemos essas visitas às vítimas, oferecemos um serviço de prevenção que a Polícia Militar dispõe. Temos enfrentado muitas situações em que graças a Deus temos tido êxito em nosso serviço. A nossa proposta é que a mulher não se cale, dê o grito de socorro, porque muitas por causa de ameaça, ou por outros motivos não acionam as autoridades, e esse é o nosso objetivo principal aqui, conscientizar você mulher a não se calar, não se cale diante de uma violência doméstica, porque isso não é normal”, concluiu a sargento.