Luciene Rosa Teixeira, 38 anos, estava grávida de oito meses e não resistiu aos ferimentos
CARATINGA – A Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Caratinga (DEAM), concluiu o inquérito policial que investigou o feminicídio de Luciene Rosa Teixeira, 38 anos. O motivo que Renam Ângelo Moreira, de 45 anos, alegou para esfaquear Luciene foi ciúmes.
A delegada Tatiana Neves explicou que o inquérito policial investigou o feminicídio de Luciene e a tentativa do feto, pois ela estava grávida de oito meses. “Então, a Polícia Civil chegou à conclusão de que o cidadão que matou a Luciene, praticou feminicídio com causa de aumento de pena, porque ela estava gestante e também por motivo torpe. O investigado possuía ciúme excessivo dessa mulher, então a violência doméstica já fazia parte daquele contexto. Ele já estava violentando essa mulher e na data de 17 de fevereiro, eles têm uma briga, ele acha que ela está tendo um caso com o próprio sobrinho e aí ele fala pra ela que viu espermatozoides dentro da vagina dela”, contou a delegada.
Ainda segundo Tatiana Neves, o autor passou a desferir várias facadas contra Luciene, sendo aproximadamente 13 golpes nas costas, barriga, no peito, no braço, na perna, e nas mãos. “Após isso, esse investigado chama a mãe dele, pede socorro, se arrepende do que fez e passa a levar essa mulher dentro do carro, supostamente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas ela em desespero, pula do carro pela janela e aí a Polícia Militar, que estava passando no local, presta esse socorro”.
Enquanto isso, o investigado foi para a porta da delegacia porque se arrependeu de tudo que fez e se apresentou. Luciene socorrida ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, passou por uma cirurgia de emergência, o feto foi retirado, e após isso, ela morreu.
De acordo com a delegada, o feto está em estado muito grave no hospital.
Renam foi indiciado por feminicídio com causas de aumento de pena e também homicídio tentado com relação ao feto, porque ele assumiu o risco de produzir o resultado da morte do próprio filho. A Polícia Civil investigou as informações que Renam falou por ciúmes de Luciene, e não existe nenhuma prova que ela estivesse mantendo caso com o sobrinho dele. “A Polícia Civil mais uma vez orienta as mulheres que estiverem em situação iguais a da Luciene, ela já estava em situação de violência doméstica foi oferecido ajuda, mas ela não aceitou”.
Durante o inquérito policial, Renam não soube que Luciene tinha falecido, segundo a delegada, ele deve ter descoberto dentro do presídio.
O inquérito policial vai ser encaminhado para o poder judiciário para as demais providências.
- Luciene foi assassinada com, aproximadamente. 13 golpes de faca (Foto: Rede social)
- Delegada Tatiana Neves