DA REDAÇÃO – Na tarde dessa quinta-feira (25), a Polícia Civil em entrevista coletiva em seu canal do YouTube, falou sobre apuração do acidente aéreo em que morreram a cantora Marília Mendonça, o piloto, Geraldo Medeiros, o copiloto, Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro, e o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho.
O acidente aconteceu no último dia 5, na zona rural de Piedade de Caratinga, quando a aeronave caiu dentro de uma cachoeira.
Participaram da entrevista coletiva o delegado regional de Caratinga, Ivan Salles e o médico legista de Belo Horizonte, Thales Bittencourt.
Segundo o médico legista Thales Bittencourt, todos os ocupantes morreram em consequência do choque da aeronave com o solo, sendo a conclusão, politraumatismo contuso.
INVESTIGAÇÃO POLICIAL
Segundo o delegado Ivan Salles, a Polícia Civil avança nas investigações quando descarta algumas hipóteses, como por exemplo, que piloto e copilotos não tinham doenças que poderiam colaborar para o acidente.
E ainda de acordo com o delegado, uma oitiva muito importante feita pela Polícia Civil foi com um piloto que pousou 20 minutos depois do acidente envolvendo a cantora Marília Mendonça. O piloto disse que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave que ela estava. Este piloto vinha de Viçosa e pousou no aeroporto de Caratinga. Ele se comunicou com a aeronave onde Marília estava e nenhuma anormalidade foi dita.
Segundo o delegado, a testemunha disse que o avião da cantora estava em procedimento de pouso. A polícia trabalha com a hipótese de que as linhas de transmissão de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teriam provocado o acidente. “A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente”, disse o delegado. Outra linha de investigação é a possibilidade de pane nos motores, o que depende de investigação do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais acompanha as investigações sobre a queda do avião. O órgão instaurou procedimento um dia após o acidente. Quem avalia as causas da queda é o Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)
O MPF enviou ofício ao 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) requisitando o encaminhamento do relatório final do acidente, quando então será analisada a necessidade de adoção das medidas cabíveis.
Também foi pedido que, caso constatado algum elemento que confirme riscos à segurança do tráfego aéreo, que o fato seja comunicado imediatamente ao MPF antes mesmo da conclusão das investigações.