CARATINGA– Em coletiva de imprensa nesta manhã de quarta-feira (10), capitão Jefferson Luiz Ribeiro esclareceu sobre o fato ocorrido na madrugada de sábado (6), em que um grupo de pessoas tentou se aproximar da aeronave, no local do acidente que vitimou cinco pessoas em Caratinga.
O esclarecimento se fez necessário após diversas páginas de notícias e entretenimento divulgarem informações de que quatro pessoas tentaram saquear a aeronave e precisaram ser dispersadas com tiros de borracha.
Por outro lado, o DIÁRIO trouxe reportagem na edição desta terça-feira (9) citando informações da Polícia Militar de que não era possível afirmar que estas pessoas pretendiam furtar objetos. Diante da polêmica e divergência de informações, capitão Jefferson concedeu entrevista coletiva.
Conforme o militar, policiais advertiram estas pessoas verbalmente, mas, por causa do “barulho” das águas da cachoeira, acredita-se que elas não tenham ouvido o pedido. Então, foram efetuados dois tiros de elastómero, ou seja, tiros de borracha, mas ninguém foi atingido.
Capitão Jefferson fez questão de destacar que desde o momento do acionamento para o acidente, a PM manteve vigilância até que fosse retirada a última peça da aeronave, além de ter participado do resgate das vítimas.
Em seguida, disse que volta de três e meia de sábado, a equipe que fazia a vigilância percebeu que um grupo de quatro pessoas tentava se aproximar, fazendo a utilização de lanternas, pelo lado oposto onde a aeronave caiu. “Em função disso, os militares advertiram verbalmente, a certa distância. Certamente, as pessoas que tentavam se aproximar não ouviram por causa do barulho da cachoeira, como não acataram as ordens emanadas pela polícia, houve necessidade de a equipe efetuar dois disparos de elastómero – tiros de borracha. Mas, ninguém foi atingido. Elas recuaram rapidamente e, sequer, foram identificadas. Ressaltamos que essas pessoas não chegaram tão próximo da aeronave e não subtraíram nenhum objeto”, explicou o capitão”.
Ele ainda frisa que não há elementos que comprovem qual era a intenção destas pessoas que estiveram no local. “Em que pese a equipe policial ter presumido que se aproximaram da aeronave na tentativa de subtrair algum objeto ali, considerando que as circunstâncias talvez levassem a crer que era para isso, no entanto não é possível afirmar isso. Poderia ser para retirar fotografias, por curiosidade, para pegar uma lembrança. Mas, deixo claro que objeto nenhum foi subtraído”.
A PM ainda esclarece que havia uma recomendação dos órgãos periciais de que as pessoas não se aproximassem muito da aeronave, para não prejudicar os trabalhos de investigação e por questões de segurança, já que se trata de uma região “acidentada” e com muitas pedras. “Desde o início o trágico acidente a Polícia Militar manteve o local preservado, as pessoas que ali estiveram, tanto imprensa quanto fãs foram muito cooperativas com o trabalho da Polícia Militar o tempo todo e de todos os órgãos. O único incidente foi esse da madrugada de sábado, que acabamos de esclarecer”, finaliza.