A Beleza Que Clama
O Mistério da Música, da Arte e da Emoção Que Ultrapassa a Biologia
Você já pensou sobre isso:
– Por que uma melodia pode nos fazer chorar, mesmo sem entendermos a letra?
Ou:
– Como uma pintura pode nos tocar tão profundamente, sem dizer uma única palavra?
– E aquele arrepio ao ver o pôr do sol, aquele instante de silêncio diante de algo inexplicavelmente belo – de onde vem essa sensação?
Conheci alguém – que vou chamar de ‘Marcos’ -, que era um homem muito prático e bastante cético, e que nunca se emocionava com música, qualquer que fosse. Mas, certa noite, ao ouvir um coral cantar uma peça antiga, sentiu um nó na garganta. “Foi como se algo dentro de mim tivesse acordado”, disse. Como explicar isso? Apenas reações químicas no cérebro ou algo mais?
Existe aqueles que se dizem completamente desinteressado em qualquer tipo de arte. Por outro lado, ela, sim, a arte sempre desafiou explicações puramente biológicas. – Como assim – como é que uma simples combinação de notas pode nos transportar para memórias, despertar saudade de algo que nem sabemos nomear.
Lembro da amiga Helena, uma artista plástica. Ela certa vez me contou que, ao terminar um quadro, sentiu que não era ela quem o pintara. “Era como se algo maior estivesse guiando, dirigindo minha mão!”
Seria a beleza apenas um acidente da evolução? Ou um chamado de algo além do visível?
Grandes músicos dizem que, às vezes, suas melhores composições “chegam prontas”, como se fossem sussurradas por uma fonte desconhecida. Poetas descrevem inspiração como um vento que passa e, se não for capturado no momento, desaparece.
Se a beleza fosse apenas um detalhe sem importância, por que ela nos toca tão fundo? Por que buscamos criar, cantar, pintar, contar histórias?
Talvez a arte seja um eco de outra realidade, uma lembrança de algo que esquecemos, mas que ainda nos chama.
E se, no fundo, a beleza for um sussurro do invisível, um convite para olhar além do que podemos ver?
Sinceramente, eu creio que vale a pena entrar nessa pista…
Rev. Rudi Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Rede Doctum –rudi- @doctum.edu.br