Foram cumpridos mandados em Belo Horizonte, Ipanema e Engenheiro Caldas
DA REDAÇÃO – A Polícia Federal deflagra nesta quarta-feira (18) a Operação Cosme, que teve como objetivo apurar a atuação de advogados que intercederam junto a magistrados em Minas Gerais buscando influenciar na solução e no andamento de processos judiciais, mediante retribuição financeira e outras vantagens indevidas.
Segundo nota emitida pela Polícia Federal, “trata-se de um desdobramento da Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal em 09/11/2018, que, por sua vez, apurou a doação irregular de dinheiro para políticos e partidos, além de um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. A propina era paga por um grupo empresarial que se beneficiava de normativos editados por aquela pasta e que facilitavam e viabilizavam seus negócios comerciais, conferindo-lhes vantagens frente a outros concorrentes. Essa quantia arrecadada era distribuída a representantes de um partido político em Minas Gerais”.
Foram cumpridos pela Polícia Federal dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, sendo seis em Belo Horizonte, um na cidade de Ipanema, um na cidade de Engenheiro Caldas e dois no estado de São Paulo, tendo sido deferida, ainda, a quebra de sigilos fiscal e bancário de vários investigados.
Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando.
NOTA TJMG
‘Compromisso com a transparência’
Em nota, o TJMG informou que “confia nas instituições para apuração da verdade e mantém o compromisso com a transparência e valores institucionais”. O órgão ressaltou ainda que “aguarda as apurações e permanece à disposição das autoridades para colaborar no esclarecimento dos fatos”. Leia o texto na íntegra:
“O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informa que foram observadas as formalidades legais no cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJMG confia nas instituições para apuração da verdade e mantém o compromisso com a transparência e valores institucionais.
O TJMG observa que as investigações tramitam sob sigilo e que aguarda as apurações e permanece à disposição das autoridades para colaborar no esclarecimento dos fatos. O TJMG ressalta que o princípio da presunção de inocência é garantia constitucional e deverá ser observado, pois trata-se de um dos mais importantes pilares do Estado democrático de direito.”