Caratinga está em situação de alerta, pois o índice apresentado é de 2,5%
CARATINGA – A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou, nesta quarta-feira (13), os resultados do quarto Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) de 2023. A pesquisa, realizada junto aos municípios mineiros entre 23 de outubro e 10 de novembro, é parte da estratégia de monitoramento e controle do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zika.
O índice é considerado satisfatório quando fica abaixo de 1%, situação de alerta quando está no intervalo entre 1% e 3,9%, como é o caso de Caratinga. Ainda indica risco de surto quando é igual ou superior a 4%, índice registrado nos municípios de Santa Bárbara do Leste e Vermelho Novo.
De acordo com os dados enviados à SES-MG por 821 municípios, 359 deles apresentaram o Índice de Infestação Predial pelo Aedes (IIP) igual ou menor que 0,9 e, por isso, receberam a classificação satisfatória, indicando que eles estão em situação de baixo risco de transmissão de arboviroses. Contudo, há 380 municípios em situação de alerta e 82 em situação de risco (IIP maior que 4,0).
O IIP indica o percentual de imóveis que apresentaram recipientes com água infestados por larvas de Aedes, em relação ao total de imóveis que foram vistoriados pelos agentes de combate a endemias (ACE) no município.
A partir dos resultados do LIRAa/LIA, os municípios podem otimizar e direcionar as ações de controle do vetor, delimitar as áreas de maior risco, avaliar as metodologias aplicadas no controle do Aedes aegypti e contribuir para as atividades de comunicação e mobilização, por meio da ampla divulgação dos resultados dos índices.
Embora a Vigilância Estadual não considere apenas o levantamento da infestação por Aedes para avaliar a situação epidemiológica quanto à dengue, à chikungunya e à zika, os dados apresentados pelo LIRAa/LIA podem ser considerados como um indicativo de alerta para os locais com possibilidade mais acentuada de registrar um maior número de casos dessas arboviroses.
Recipientes
O LIRAa possibilita identificar, também, os tipos de recipientes onde o mosquito está procriando, gerando informações que sinalizam as áreas em que os agentes de combate a endemias, com a ajuda da população, devem executar ações específicas e direcionadas, numa força-tarefa de combate ao vetor.
O Índice por Tipo de Recipiente (ITR) indica o percentual de cada tipo de recipiente onde foram encontradas larvas de Aedes, em relação a todos os recipientes encontrados infestados durante o levantamento feito pelos agentes nos imóveis. Esse é importante indicador para melhorar o aproveitamento dos recursos humanos e dos recursos materiais, como o uso otimizado dos inseticidas e larvicidas.
Em novembro, permaneceu mais frequente (35%) a infestação dos depósitos móveis (vasos, frascos e pratinhos de plantas, bebedouros, recipientes de degelo das geladeiras etc.), resultado semelhante aos levantamentos realizados em janeiro, maio e agosto de 2023.
Lixo, sucata e entulho ocuparam a segunda colocação entre os recipientes mais infestados em novembro (22,7%), tendo apresentado um importante aumento na frequência de infestação, quando comparado com o levantamento realizado em agosto (10%) deste ano.
Os depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (tonel, tambor, barril, filtro etc.) apareceram em terceiro lugar (18%) entre os mais infestados, seguidos dos depósitos fixos (tanques em obras, borracharia ou horta, calhas, lajes, sanitários, piscinas, ralos etc.), com 11,9%.
Pneus e outros materiais rodantes representaram 8% dos tipos de depósitos infestados e, em últimas colocações, apareceram os depósitos de água elevados (caixa d´água, tambor, depósitos de alvenaria etc.) e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e de rochas etc.) com 2,6% e 1,8%, respectivamente.
Como combater o Aedes Aegypti
Mantenha lixeiras sempre tampadas.
Quintal sem lixo e entulhos; garrafas e baldes de cabeça para baixo.
Reservatórios de água do ar-condicionado, geladeira e umidificador secos e vazios.
Os ralos devem estar limpos e protegidos por tela.
Não use pratinhos que acumulam água sob os vasos de planta.
Os bebedouros dos animais devem ser limpos com bucha ou escova semanalmente.
Mantenha as canaletas e calhas desobstruídas para não acumularem água com a chegada das chuvas.
Realize manutenção periódica de piscinas e caixas d’água.
Coloque plantas que acumulam água em local coberto.
Deixe lonas bem esticadas, evitando a formação de poças d’água.