Carros teriam sido vendidos em várias cidades do interior de Minas, dentre elas, Caratinga
DA REDAÇÃO – “Indivíduos de classe média e que gostam de ostentar passeios, inclusive, com carros adulterados.” Esse é o perfil traçado por investigações da Polícia Civil de dois líderesAdicionar novo de uma quadrilha especializada na adulteração de veículos roubados e furtados em Belo Horizonte e região metropolitana.
A organização também revendia os carros para moradores da zona rural de municípios do interior de Minas Gerais. Ao todo, 31 veículos foram recuperados e 15 pessoas foram identificadas e detidas por participação no esquema.
“Eles agenciavam o furto e roubo dos veículos, determinavam a adulteração de sinais identificadores, encontravam compradores geralmente no interior do estado e concretizavam as venda a baixo custo. Os carros recuperados têm valor de mercado de R$70 mil a R$80 mil e eram vendidos a R$10 mil reais”, explicou João Francisco Barbosa Neto, delegado da Divisão Especializada em Investigação a Furtos e Roubos de Veículos.
Para concretizar os negócios no interior do estado, a quadrilha contava com a ajuda de pessoas que faziam a ponte entre os criminosos, em BH, com interessados nos carros – geralmente eram pick-ups – que moravam, em grande maioria, na zona rural das cidades.
“A maioria dos veículos eram furtados e alguns roubados. Os crimes aconteceram em BH, Contagem e Betim e as apreensões dos carros foram em Viçosa, Caratinga, Ipatinga, Santa Fé de Minas, São Romão, Brasília de Minas, Ponto Chique e Campo Azul. Ao todo, o valor de mercado desses 31 veículos gira em torno de R$1.300.000”, detalhou o delegado.
Apesar da identificação de 15 pessoas ligadas à quadrilha, a Polícia Civil informou que 12 foram soltos por pagamento de fiança ou em audiências de custódia. Três pessoas permanecem presas. Desses, dois são apontados como líderes da organização criminosa. Bruno Lourenço Doche, de 37 anos, e Romerito Quintão da Rocha, de 28 anos, negaram as acusações, segundo a Polícia Civil.
A dupla não quis conversar com a imprensa durante a apresentação realizada na manhã desta quinta-feira. “Bruno tem passagem por furto, roubo e receptação. Já o Romerito é a primeira vez que vai preso. São indivíduos de classe média que gostam de ostentar passeios, inclusive nos carros adulterados”, finalizou o delegado que acredita em mais apreensões de veículos e prisões de envolvidos com a organização criminosa.
Informações: Portal Uai