PC prende homem com cinco armas de fogo, mais de duas mil munições e objetos para recarregar cartuchos
O suspeito tem 34 anos e é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e efetuou disparo em motel para não pagar a conta
CARATINGA – Três fuzis calibre 22, duas pistolas, sendo uma calibre 380 e outra 9mm; duas miras, frascos com pólvora, mais de duas mil munições calibres 22, 556, 9mm e 380, máquina pra recarregar cartuchos e aproximadamente 500 cartuchos vazios foram apreendidos pela Polícia Civil nessa segunda-feira (23) na casa de um homem de 34 anos, no bairro Manoel Ribeiro Sobrinho.
De acordo com o delegado regional Ivan Sales, na madrugada dessa segunda-feira (23) esse homem foi preso por ter efetuado um disparo de arma de fogo na saída de um motel da cidade. “Ele queria sair sem pagar, não foi aberto o portão, e pelo vídeo do local é possível ver ele muito embriagado, e então saca de uma arma de fogo e efetua um disparo. A Polícia Militar foi acionada e apresentou por um mandado de busca e apreensão porque na ocasião da prisão desse cidadão, não foi apreendida com ele a arma de fogo, e ele negava os fatos, negava que estivesse no motel, que efetuou os disparos. Mas a Polícia Civil diligenciando de posse do vídeo, notou que era uma farsa o álibi dele”, explicou o delegado regional.
Por conta disso, o delegado Sávio Moraes representou por um mandado de busca e apreensão na expectativa de localizar aquela arma que ele havia efetuado disparo. “Para nossa surpresa, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram localizadas cinco armas de fogo, vasta quantidade de munição, equipamento para fazer a recarga de munições, vários estojos, materiais que a princípio eram legais, porque ele é um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), mas que agora oficiado ao exército, informando que ele estava completamente embriagado, efetuou disparo de arma de fogo no motel. O exército vai instaurar um procedimento e caçar esse CAC dele. Quando essas armas, ficarão à disposição do poder judiciário”, explicou o delegado regional Ivan Sales.
Ainda segundo o delegado, o homem tem o registro das armas apreendidas, mas está faltando uma, possivelmente a que ele utilizou para efetuar o disparo. “Ele deve ter dispensado ela, porque essa a gente não localizou. A Polícia Civil está aqui para informar que é mais um CAC utilizando de forma indevida a arma de fogo. É certo que a gente não pode generalizar, tem inúmeros CAC’s responsáveis, mas a gente percebe que tem pessoas que não podem usar arma de fogo porque não tem consciência do risco. Imagine que por não querer efetuar o pagamento no estabelecimento que ele estava, sacou de uma arma de fogo e efetuou um disparo. Irresponsabilidade tremenda, e agora a Polícia Civil vai tomar as providências oficiando ao exército para que cancele o CAC dele”, disse o delegado.
QUANDO O CAC PODE USAR ARMA DE FOGO
O delegado Ivan Sales explicou que até o governo anterior, o CAC poderia usar uma arma municiada para o local de treinamento, poderia ir da casa para o treinamento e retornar. “Com o novo governo, os decretos anteriores foram revogados e veio um novo proibindo. Então hoje, nem o CAC, que é legal, não pode andar com a arma municiada, se ele assim o fizer estará cometendo o crime de porte ilegal de arma de fogo. O homem foi preso por disparo de arma de fogo e por conduzir veículo automotor com a capacidade automotora alterada, quando ele estava embriagado e conduzindo veículo. Não responderá por posse ilegal de arma de fogo porque até o momento da busca e apreensão tinha autorização do exército para ter essas armas. Mas ficarão apreendidas até que o juízo delibere sobre a destinação delas quando o exército manifestar. O exército é muito rápido nesse procedimento administrativo, cuida disso com muita eficiência, já suspende a autorização dele para arma e instaura um processo administrativo que é muito rápido”, concluiu o delegado.