CARATINGA– A Polícia Civil realizou na tarde de terça-feira (6), a doação de bicicletas e peças ao Movimento Social São João Batista (Moviso). Cerca de 500 itens foram entregues. A doação se deu porque esses itens estavam sob custódia da PC, mas com o passar do tempo, faltava espaço para seu armazenamento.
A delegada regional Luzinete Maria de Sá explicou que essas bicicletas e peças apreendidas não têm vínculos com inquéritos policiais ou termos circunstanciado de ocorrência, que são os procedimentos criminais. “Nós temos a guarda de objetos apreendidos. Como não tem vínculo, temos que dar uma destinação para todos os objetos que são colocados nesse espaço. Abrimos o edital e o Moviso concorreu dentro da legalidade e hoje (terça-feira, 6) fazemos a doação. Então, é uma parceria da Polícia Civil com a população de Caratinga”, enfatizou a delegada regional.
A doação foi amplamente divulgada e entre os dia 26 de fevereiro e 2 de março, a Polícia Civil deixou um servidor à disposição do cidadão que quisesse ir à delegacia para fazer o reconhecimento e saber se alguma dessas bicicletas lhe pertencia. Foi avisado que a pessoa deveria portar documento provando essa propriedade. “Dando transparência ao serviço público, através de um ato formal, foi instaurado um procedimento, onde demos publicidade conclamando a população que caso tivesse sua bicicleta nessa situação, que comparecesse à delegacia para reconhecer o objeto. Nessa situação, quatro pessoas, nos procuraram, sendo que apenas uma reconheceu sua bicicleta”, informou a delegada Luzinete
Renata Soares, secretária do Moviso, ressaltou que as bicicletas foram doadas num momento muito importante, uma vez que a instituição sobrevive de doações. “Vieram num momento crucial, ainda mais nesse período de crise. Essas bicicletas serão reformadas e depois vamos vendê-las. São mais de 300 bicicletas. Existe também a parte de sucata, que será vendida para o ferro-velho. Isso será de grande utilidade para darmos continuação os nosso trabalho de assistência aos moradores de rua e migrantes, que estão todos os dias no Moviso”.
Ela especificou que a instituição funciona de segunda a sexta-feira e atende 30 pessoas em média, que recebem café da manhã e da tarde, além de almoço. “No Moviso essas pessoas tomam banho e recebem roupas. Elas também participam de palestras. As pessoas são atendidas tanto em relação a alimentação, quanto a um trabalho psicológico para assim mudarem de vida”.
Segundo Renata Soares, uma reunião já foi agendada para a sexta-feira (9) e assim definir como será feita essa venda.