CARATINGA – Na tarde de ontem, a Polícia Civil, em uma ação coordenada pelo delegado Rodrigo Cavassoni, prendeu os irmãos Waldemir Soares de Araújo, 27 anos, Adão Penho de Araújo Júnior, 32, e Almir Rogério Araújo, 33. A ação foi para cumprir mandados de prisão preventiva contra os acusados de serem autores de homicídio ocorrido no dia 8 de janeiro deste ano. A vítima Rondinelle Arcanjo de Carvalho, 36, foi morta a tiros e ainda recebeu golpes de foice.
Segundo o delegado, a operação contou com policiais civis de Caratinga e Bom Jesus do Galho. “A Polícia Civil de Minas Gerais deu cumprimento aos mandados de prisão contra os três autores de homicídio praticado contra Rondinelle no dia 8 de janeiro de 2017. Tínhamos informações que esses indivíduos estariam na zona rural de Bom Jesus do Galho, no córrego do Mantimento. Ontem (segunda-feira, 20) conhecemos o local e na data de hoje (ontem) e tivemos sucesso ao prendê-los”, contou Rodrigo Cavassoni.
INVESTIGAÇÕES
De acordo com as investigações da PC, Adão era vizinho da vítima e constantemente provocava Rondinelle, principalmente quando estava embriagado. Segundo o delegado, testemunhas relataram esses fatos. As investigações apontam que no dia do crime Adão provocou demais a vítima. “Em determinado momento Rondinelle não suportou, entrou em sua residência, pegou uma foice para tentar agredir Adão, só que quando saiu da casa, já se deparou com Adão e os dois irmãos. Rogério tinha também uma foice e Waldemir portava uma arma de fogo. A vítima ficou estática no momento em que Adão foi ao seu encontro. Ele tomou a foice e Waldemir efetuou cinco disparos de arma de fogo. A vítima caiu ao solo e Rogério e Adão deram três golpes na região das costas da vítima, que veio a falecer”, relatou o delegado.
Quando do cumprimento do mandado de prisão, Waldemir foi flagrado com uma arma de fogo, pois uma garrucha calibre 22 foi encontrada em sua cintura.
Os irmãos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e Waldemir também irá responder por porte ilegal de arma de fogo. “No momento da abordagem, Adão tentou assumir o crime de forma isolada e tentou alegar legítima defesa, que a vítima estaria com uma foice. Mas isso é para fugir das sanções penais”, explicou Rodrigo Cavassoni.
O delegado informou que nenhum dos irmãos tem passagens pela polícia, mas todos têm diversas reclamações sobre o fato de sempre intimidaram pessoas que moram na região do povoado do Iguaçu. “Eram tidos como indivíduos que trazem temor para a sociedade”, frisou o delegado.
A arma utilizada no crime não foi encontrada e um dos acusados contou que ela foi dispensada no momento da fuga.
Os três irmãos foram conduzidos para o presídio de Caratinga.