Foi feita 1ª discussão e redação final que declara as atividades religiosas, culturais e católicas na Catedral São João Batista como patrimônio cultural imaterial do município
CARATINGA – Diversos paroquianos da Catedral São João Batista estiveram na reunião da Câmara na noite de ontem para acompanhar a votação do projeto de lei para votação em 1ª discussão e redação final que declara as atividades religiosas, culturais e católicas na Catedral São João Batista como patrimônio cultural imaterial do município. O projeto é assinado pelos vereadores Johny Claudy (MDB), Cleon Coelho (MDB), Ricardo Gusmão (PT do B), Ronaldo da Milla (PSB), Sebastião Guerra (PROS), José Cordeiro (PTB), Carlindo de Dom Lara (PT do B), Neuza (PRB), Dete (PPS), Rominho Costa (PMDB), Helinho (PSC), Denis (PPS), Valtinho (DEM) e Mauro Água e Luz (PDT).
O advogado da paróquia da Catedral, Alexsandro Vítor de Almeida, usou a tribuna para parabenizar os vereadores que criaram e estão votando a favor do projeto. “A história das atividades na Catedral confunde-se com a da própria cidade. O bem imaterial precisa ser preservado, ouvi um questionamento da duração do mês de Maria, essas atividades precisam ser protegidas, por isso devem se tornar bem imaterial, ao preservar o bem material físico, a lei não proíbe o uso. Rejeitamos a crítica que de que a Câmara não poderia fazer essa votação, pois já vimos isso outras cidades. Os vereadores estão cumprindo seu papel, pois estão intervindo em algo que causou comoção social”, disse o advogado
O pároco da Catedral, padre Moacir Ramos Nogueira, disse que apoia o projeto dos vereadores, pois entende que o bem histórico material dá suporte ao imaterial. O paroquiano Aluísio Motta Palhares disse que “estão tentando interferir nos bons costumes, nos bons hábitos e boas práticas, causando dificuldade do encontro da família no espaço onde nos reunimos para o bem que edifica o coração”. Ainda segundo Aluísio, Caratinga é uma cidade com poucas opções de espaços para encontros. “Somos a favor da cultura, por isso temos o compromisso de preservar o patrimônio”, ressaltou.
O projeto foi aprovado pela maioria, com voto contrário apenas do vereador Diego de Oliveira (PSD), que explicou ser “louvável propósito que inspiram seus autores, o projeto de lei não possui condições jurídicas de ser aprovado”. Na opinião do vereador, o objeto, por sua natureza, não pode ser disciplinado por lei de iniciativa do legislativo, já que a declaração de um bem como patrimônio imaterial “reveste-se de aspectos que extrapolam critérios exclusivamente políticos e legislativos”.
Assim que a votação terminou os paroquianos fizeram a oração do Pai Nosso e aplaudiram os vereadores. O projeto ainda será votado em 2ª discussão na próxima reunião.