Exportações
O forte recuo nos embarques brasileiros de café em setembro, divulgados na semana passada pelo Cecafé, é mais uma preocupação para o mercado de café. A “Green Coffee Association” divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 6.022.923 em 30 de setembro de 2021. Caíram 107.561 sacas em relação às 6.130.484 sacas existentes em um mês.
Efeito Colômbia
O aumento expressivo das exportações de café do Brasil para a Colômbia, segundo maior produtor mundial de café arábica, é mais um forte indicador dos problemas enfrentados por nossos vizinhos. Em um momento em que também estão tendo um significativo aumento de seu consumo interno pressões nas exportações o jeito é buscar café no Brasil para cumprir contratos.
Contêineres
Enfrentamos ainda sérios problemas com a falta de contêineres e espaço em navios, além de forte alta nos principais insumos para a produção de café. Energia elétrica, combustíveis, fertilizantes, defensivos, tratores e maquinários, estão subindo com força. Com a chegada das chuvas, os cafeicultores precisam começar a adubação, que já está dois meses atrasada. A subida vertiginosa dos preços de todos os fertilizantes assusta bastante os produtores.
Instabilidades
Em meio a muita oscilação, a crescente percepção do quadro acima vai levando os contratos de café na bolsa a um novo patamar de preços. Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. Apesar dos compradores recuarem o valor de suas ofertas, o mercado físico do conilon está firme, comprador. Com ofertas mais baixas, diminuiu bastante o número de vendedores. Segundo especialistas do setor, a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café.
No mercado físico brasileiro
Os compradores aumentaram o valor de suas ofertas acompanhando a escalada do dólar. O volume de negócios foi pequeno. O produtor de café vende apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos. Com os preços dos custos alterando, ficar com café valorizado em casa tem sido a melhor opção.
O CECAFÉ
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de setembro foram embarcadas 3.1 milhões de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 26,5 % a menos que no mesmo mês de 2020 e 9,7 % a mais que no último mês de agosto. A desaceleração das exportações é maior que 1 milhão de sacas em relação ao ano passado e especialistas comentam que poderá ser ainda maior.
Cafezinho
O cafezinho nosso de cada dia deve ficar com sabor salgado em 2022. Fatores climáticos severos como geadas e granizo, os efeitos da pandemia sobre o consumo mundial, a crise dos contêineres, a desvalorização do real em relação ao dólar, aliada ao expressivo aumento das exportações podem gerar uma alta recorde de 40% nos supermercados e a maior em 25 anos.
Cafezinho II
A análise foi feita por especialistas do Sul de Minas e economista da FGV que avaliam que o preço do produto vem crescendo em todo o mundo desde outubro de 2020, segundo dados da Organização Internacional do Café. Ruim para o consumidor interno, nem sempre bom para o exportador. O país é o maior produtor mundial de café, com um terço de participação responde por um terço da produção mundial de café. Desde outubro do ano passado, o preço do produto vem crescendo em todo o mundo, segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC). Somente no primeiro semestre do ano, as exportações brasileiras atingiram a marca dos US$ 136,7 bilhões, um crescimento de 35,8% na comparação com igual período em 2020.
Perspectiva de Preço
O preço da commodity começou a amargar para o consumidor interno ainda em fevereiro deste ano, com o preço da saca no mercado físico brasileiro chegando a R$ 850. Em março, a seca registrou índices preocupantes, especialmente no Noroeste paulista, no Triângulo Mineiro e também no Sul de Minas, trazendo escassez de água nos reservatórios e perdas generalizadas das culturas agrícolas. Em outubro, o preço da saca de 60 quilos do café robusta beirava os R$ 800, enquanto o arábica, de melhor qualidade, ultrapassava os R$ 1.223. As projeções do preço da saca para maio de 2022, na Bolsa de Nova York, estão em torno de R$ 1.532. Na Bolsa de futuros de Londres, o ritmo é alucinante: R$ 2.048.
André Braz
Como o café é uma cultura bienal e não tem ciclos curtos de produção, leva dois anos para que se leve uma safra a efeito, os preços do produto devem se manter em alta por um período maior de tempo. O economista André Braz, superintendente adjunto para inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), alerta que o café está entre as culturas que foram impactadas pela estiagem. “O café está entre as vítimas da seca”, comentou o especialista.
André Braz II
Ainda de acordo com André, “tivemos quebra de safra na cana e a gente sabe que o café vai sempre junto com o açúcar. Como exemplo, a quebra de safra de milho jogou a carne de frango lá pra cima. A bola da vez é o café. As geadas comprometeram muito a árvore cafezal e as podas. Existem vários tipos de poda, mas estas necessárias para preservar os pés foram pesadas demais, o que diminuiu a oferta do grão. E com a queda na oferta, o preço disparou”, explica.
Thiago Trovo alerta
O produtor e exportador de café especial no Sul de Minas, Thiago Trovo também se dedica à torra de grãos de alta qualidade e à originação para importadores de café nos Estados Unidos e na Europa: “Este ano, estou pagando em torno de R$ 1.500 ou um pouco mais pela saca de café especial. Com o preço do dólar lá em cima, diminui a preocupação com a qualidade. A margem de lucro pode parecer maior, mas os insumos, fertilizantes e defensivos para a manutenção da planta são importados e, obviamente, dolarizados. Na conta final do produtor, talvez valesse mais a pena o preço do ano passado com o dólar com cotação mais baixa do que atualmente”, sugere Trovo.
Eduardo Matavelli
O engenheiro agrônomo Eduardo Matavelli faz auditorias para a concessão de selos de qualidade e sustentabilidade. Ele lembra que o Brasil é o único país a produzir os dois tipos de café, arábica (que corresponde a cerca de 70% da produção) e robusta (ou conilon) e chama a atenção para os fatores climáticos: “No somatório de cinco ou seis anos, o Brasil perde uma safra inteira por causa do clima. “A gente está falando de 50 milhões ou 60 milhões de sacas no período. O país tem 2 milhões de hectares de café. Nesse ano, calcula-se uma perda de 20% de área causada pela geada, totalizando 400 mil hectares. A produtividade brasileira hoje é de 25 sacas de café por hectare. Multiplicando isso, de acordo com levantamento feito por cooperativas e traders, a perda pode estar entre 5 a 10 milhões de sacas. Somente para efeito comparativo, a Colômbia produz 14 milhões a cada ano”, calcula Matavelli.
Política
O prefeito de Caratinga Dr. Welington comemora os baixos números da pandemia em nossa cidade, e a turma de eventos que ficou por 19 meses parada pressiona para que nossa cidade volte a ser palco de megas eventos. Assim já está marcado para o próximo dia 5, o mega evento de Marília Mendonça para santa terrinha do São João do Caratinga.
Covid
Com os números de casos bem pequenos, em certos dias até zerando, um mega show é até motivo para comemorar tudo de bom nesta vida. Para alguns, as tristes lembranças, mas para outros, a sobrevivência pesa mais forte. Quem ficou está aí para fazer nova história.
Parque de Exposição
A equipe de eventos inicialmente tentou fazer com que o show de Marília Mendonça fosse para a avenida Dário Grossi, mas as autoridades preocupadas pelo pouco espaço, estrutura, possibilidade de sete mil pessoas no evento, e pelo sucesso que a cantora faz em todo Brasil, encaminhou o evento para o Parque de Exposição João da Costa Mafra.
Parque de Exposição II
Como alternativa de eventos na cidade o parque de exposição, mesmo ainda em obras de revitalização, é o palco adequado para grandes eventos na santa terrinha. A prefeitura organizou os setores para adequar o espaço e atender aos organizadores, isolar áreas ainda em obras e possibilitar espaços que atendesse com segurança o evento. Pelo visto, será uma ótima experiência para que a cidade possa ter um espaço cultural expressivo para grandes eventos em nível nacional.
Parque de exposição III
O administrador do parque de exposição João da Costa Mafra, o engenheiro José Corintho, confirmou o evento para o local e a aptidão do novo espaço como área multifuncional para eventos culturais, esportivos e econômicos. A feira agropecuária como no passado, Corintho afirmou já estar em moldes diferenciados e com novos perfis, e Caratinga está se adaptando para o novo, até mesmo no setor agrícola, que é bem conservador.
Robson Santana
O diretor do DER-MG Robson Santana comentou entre amigos que em breve retornará a Caratinga e que tem obras importantes que o governador Romeu Zema investirá na região. Com recursos adventos de tratativas com a “Vale”, o governo mineiro receberá um aporte de mais de 1 bi, que grande parte investirá no sistema viário mineiro.
Investimentos
O engenheiro Robson Santana disse que os projetos de ligação asfáltica dos municípios de Bom Jesus do Galho, MG-329 a Córrego Novo, e de Vargem Alegre da MG-425 a MG-458, estão no forno ‘assando’ para realmente virarem obras ainda para 2022. Sem dúvida, ligações que irão trazer desenvolvimento para a região.
Projetando
Outro projeto que pode começar a ser desenvolvido em Caratinga por intermédio do diretor do DER-MG, Robson Santana, é a ligação asfáltica Caratinga- Simonésia, via Santa Luzia e Alegria. O projeto solicitado pelo deputado Mauro Lopes, prefeito Dr. Welington, e o secretário de Agricultura, Alcides Leite, é para criação da rodovia do café, que integrará por via asfáltica uma região rica em café, um dos ativos de maior exportação da santa terrinha. Robson Santana estará em breve na Câmara de Caratinga, para explicar melhor o projeto do governo estadual.
Mauro Lopes na briga
O deputado Mauro Lopes, visando corrigir um erro flagrante na lei complementar nº 76/2007, onde Caratinga ficava de fora da Sudene, ao passo que vários municípios vizinhos teriam sido inseridos, entra com projeto de lei para inserir nossa cidade e corrigir uma falha de conhecimento da região, por um assessor do deputado que relatou tal projeto. Como Mauro é deputado da santa terrinha, trabalha para que Caratinga não fique igual a uma ilha na nova região da Sudene.
Sudene
O fato de Caratinga ter um deputado experiente, é que nos dá a sensação que podemos acreditar que tal processo possa ser revertido a favor de nossa cidade. Mauro Lopes tem sim vários motivos para acreditar que Caratinga reverterá sua situação quanto aos incentivos fiscais pelos quais justificam a necessidade de estarmos na Sudene.