O primeiro debate entre os candidatos a presidente da República Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), transmitido, terça-feira (14) à noite pela TV Bandeirantes, foi marcado pela rispidez e troca de acusações. Nas perguntas e respostas entre si sobre temas como corrupção, segurança pública, saúde, funcionalismo e inflação, foram várias vezes usados termos como leviandade, mentira, desinformação e falta de memória. Minas Gerais e políticas desenvolvidas no estado durante os quase 12 anos de gestão tucana também ganharam destaque. O único momento de descontração foi no final do debate, em que os presidenciáveis trocaram beijos de despedida.
Debate II
Para muitos telespectadores, os candidatos pareciam estar num ringue. Outros comentaram que os candidatos perderam uma grande chance de expor seus programas de governo.
Debate III
No segundo programa eleitoral no rádio nesta quarta-feira (15) os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves se declararam vencedores do debate dessa terça-feira na TV Bandeirantes. Ambos exibiram trechos em que criticavam o adversário.
Debate IV
Para o programa do PT, “ficou claro que Dilma venceu o debate”. Os questionamentos da presidente sobre qual a punição para casos de suspeita de corrupção em governos do PSDB tiveram destaque. Foram citados os casos Sivan, reeleição, mensalão mineiro e cartel de trens. “Estão todos soltos. Quero todos aqueles culpados presos, candidato. Essa é a minha indignação e o senhor, Aécio, não enxerga”, disse a presidente.
Debate V
Já para o programa tucano, “a verdade venceu a mentira” e Aécio mostrou ser o mais preparado para governar o País. Foram apresentados trechos do debate em que Aécio exalta seu governo em Minas e diz que Dilma perdeu a eleição no Estado no primeiro turno. “A senhora perdeu em Minas, as candidaturas de oposição foram amplamente vitoriosas”, disse Aécio, somando seus votos aos de Marina.
Campanha
Embora já estejam reeleitos ou tenham ficado de fora da Assembleia a partir do ano que vem, a campanha eleitoral não terminou para os deputados estaduais mineiros. O potencial de Minas Gerais como estado decisivo no resultado do segundo turno das eleições presidenciais faz com que a maior parte deles esteja trocando o plenário pelas bases eleitorais. Enquanto os 54 parlamentares da atual base governista, aliados do senador Aécio Neves (PSDB), foram acionados para fazer campanha para o tucano em Minas, os 21 do bloco de oposição trabalham pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Com isso, a pauta com nove vetos, três propostas de emenda à Constituição (PECs) e 12 projetos de lei segue parada à espera de votação.
‘Caixa curto’
O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), afirmou nessa terça-feira (14) que vai assumir um estado com caixa curto e que precisará de informações que serão repassadas até o final do ano pela comissão de transição para decidir se fará uma reforma para criação ou extinção de secretarias, autarquias e fundações. Ao mesmo tempo, Pimentel adotou discurso de forma a acalmar os funcionários públicos, dizendo que não pretende fazer “mudanças abruptas”.
Crédito
A foto publicada na coluna ÁLBUM de ontem, por nome “O grande dia”, é de autoria do Estúdio Ultrazoom. Pedimos desculpas pelo equívoco e damos o devido crédito.