* Camila Beltrame e Souza Caldeira
Bem recentemente li um livro que se chama ‘Antes de Dizer Amém’, onde o autor relata de forma cômica que muitos de nós somos os “bananas anônimos da oração” por não sabermos a importância de tal prática, de às vezes utilizá-la somente nos momentos de tristeza, angústia, falta de dinheiro, problemas de saúde; ou ainda usarmos palavras difíceis para “impressionar” a Deus; cochilarmos enquanto oramos, pensar nas atividades que precisamos realizar durante a conversa com Ele.
Através dessa leitura iniciei uma reflexão sobre o quanto realmente às vezes “somos bananas”, e sobre o que Deus espera de nós como filhos. Quem já ouviu o seguinte trecho de Mateus 7:7, que diz “Peçam, e lhes será dado”? Eu como uma bananinha em tentativa de recuperação tenho pedido a Ele para me ensinar a orar, a ouvir com os ouvidos Dele, ver com os Seus olhos, perdoar aos outros e a mim mesma como Ele é capaz de fazer, ajudar como Ele ajuda, ser simples e bondoso como Ele é.
Max Lucado, autor do livro citado acima, diz que a oração é a mão da fé na maçaneta do seu coração e que é através dessa oração que Deus é capaz de entrar e fazer com que O ouçamos. Quando Ele é convidado a entrar em nosso mundo, Ele entra e traz vários presentes como alegria, resiliência, paciência, benignidade, perdão, refrigério, segurança, confiança. Como isso é possível? Por um simples diálogo com Deus, em silêncio com poucas palavras, mesmo que simples. Basta um bate papo sincero, com o coração aberto. E se a dor estiver grande, não se preocupe Deus sabe ler corações e cuida deles melhor que ninguém.
Hoje quero aproveitar essa oportunidade para fazer uma oração, sem crença distinta, sem religião específica, sem palavras bonitas ou de difíceis interpretações. Hoje quero fazer uma oração simples, leve, que pode ser lembrada em qualquer momento e cabe para qualquer situação – bem ao estilo que aprendi com a leitura citada – não complique o simples:
“Pai, você é bom! Eu preciso de você. Cura-me e perdoa-me. Eles também precisam de você. Obrigada por tudo. Em nome de Jesus, amém”.
Tenho passado por momentos bem difíceis, caminhando por trilhas tortuosas, carregando bagagens bem pesadas. Tenho visto que a vida precisa ser vivida com simplicidade, com leveza, sem julgamentos, sem sentenças ou acidez. Procurar ser ao invés de ter, pode nos ajudar a ficar mais leves e permitir caminhadas mais suaves. Eu sei que isso às vezes demanda sacrifícios enormes… Mas é necessário tentar. Um rosto feliz é indicativo de paz no coração. Eu ainda chego lá. Comecemos a praticar mais a oração diária, com Deus sempre presente. Que saibamos escutar o que Ele tem a nos dizer. É no silêncio que Ele fala! E torno a dizer:
“Pai, você é bom! Eu preciso de você. Cura-me e perdoa-me. Eles também precisam de você. Obrigada por tudo. Em nome de Jesus, amém”.
* Camila Beltrame de Souza Caldeira –
Coordenadora do Curso de Pós Graduação Lato Sensu da UNEC.
Médica, Fisioterapeuta, Profª do Centro Universitário de Caratinga.
Especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar pela UNAERP – Ribeirão Preto – SP.