Conheça um pouco sobre Matheus e Maurício, que levaram três medalhas de ouro consecutivas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
INHAPIM – Gêmeos e por que não gênios? Assim são conhecidos os irmãos Matheus Pirâmides Teixeira Soares e Maurício Pirâmides Teixeira Soares. Eles moram em um sítio, a 2 km do centro de Inhapim. Lugar tranquilo, sossegado e propício ao aprendizado.
Os irmãos têm 14 anos de idade e estão prestes a ingressar no Ensino Médio. E esse período de transição é muito satisfatório, tendo em vista que o Ensino Fundamental dos garotos foi marcado por premiações importantes, a nível nacional.
A Reportagem esteve na cidade para conhecer um pouco sobre a rotina dos irmãos. Logo que a equipe do DIÁRIO DE CARATINGA chegou eles estavam um pouco tímidos, mas logo ficaram à vontade e indagaram: “Pode ter foto com os amigos?”, se referindo a um grupo de estudantes que estava em sua casa.
A semelhança física entre os irmãos é evidente, mas eles têm algumas particularidades. Por exemplo, Matheus torce para o Atlético, já Maurício não tem preferência por nenhum time.
Matemática, uma matéria que a maioria das pessoas não consegue nem ouvir falar; para os irmãos, nenhum bicho de sete cabeças. Eles contam que foi ainda na escola que despontaram o gosto pela matemática, com o incentivo dos professores em sala de aula. “Desde pequeno tenho esse gosto, minha professora pedia para escrever os números e eu escrevia além do que ela pedia. Saía muito bem, quando começou as contas e era bom na tabuada. Gosto mais de raciocinar, entender o que tem que fazer para depois utilizar. No dia a dia se usa muito a matemática”, revela Matheus, o irmão desinibido.
Maurício, um pouco mais quieto, também conta que os números sempre lhe despertaram a curiosidade. “Sempre gostei desde pequeno da matemática, nunca tive dificuldade, era sempre um dos melhores da sala na aula de matemática. Na matemática tudo me chama atenção. Gosto de fazer as contas. Acho mais difícil só a parte de análise combinatória”.
Questionados sobre a disciplina que mais lhe causam dor de cabeça, irmãos afirmam que é o português, principalmente a interpretação de texto, mas “dá para levar”, disseram em uníssono.
A rotina de estudos de Matheus e Maurício para provas normais da escola não são repetitivas. Eles afirmam que não são muito de ficar estudando em casa, mas, véspera de prova é considerada “dia sagrado”.
Na sala de aula, cada um tem a sua personalidade. Matheus mais uma vez mostra que é mais agitado, mas, tem compromisso com o estudo. “Converso, porém faço todas as atividades, não deixo faltar nada. Faço tarefa e tenho nota”.
Já Maurício tem um comportamento mais sossegado, mas, assim como irmão, também leva a sério as aulas. “Converso menos, mas também converso de vez em quando, quando o professor não está passando matéria. Quando ele está passando presto atenção, faço atividade e não deixo tarefa sem fazer”.
HISTÓRICO DE PREMIAÇÕES
Pela nona vez consecutiva Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). 151 medalhas de ouro, 417 de prata e 1.042 de bronze. Ao todo, o estado conquistou 1.610 medalhas. Os estudantes ainda conquistaram 10.171 menções honrosas.
Matheus e Maurício participaram por quatro vezes da competição. Da primeira vez, ambos conquistaram a medalha de prata. Em seguida, foram três ouros consecutivos.
Com o equilíbrio de resultados entre irmãos, a Reportagem questionou se se há uma disputa de quem vai tirar a melhor nota. No entanto, eles garantem que competição somente na hora da prova. Mas, os estudos preparatórios para a OBMEP são realizados separadamente. Matheus explica o motivo. “É melhor. Cada um estuda do seu jeito. Mas, na véspera da prova estudamos mais, até uns três meses antes começamos a estudar devagarzinho, até acelerar o ritmo. Chegando perto da prova vai estudando mais”.
Tantos resultados trazem expectativas de um futuro brilhante. E os irmãos já fazem projeções para o ensino superior. Eles se interessam por engenharia, mas ainda não se decidiram qual das diversas áreas. “Alguma coisa que tenha matemática”, afirmam.
ORGULHO DE MÃE
Eliamar Rejane Teixeira, mãe dos gêmeos Matheus e Maurício, afirma que os filhos desde a infância tinham a consciência de suas responsabilidades. “Eles sempre gostaram muito de estudar. Acho que também por me ver estudando, incentivando pelo exemplo. Sempre gostaram muito de fazer continha e têm muito compromisso também com as atividades, véspera de prova; sempre se dedicavam mais, abdicando dos prazeres como o esporte que eles gostam muito, capoeira, futebol, peteca. Eles sempre se dedicaram muito e têm facilidade pela paixão e o gosto pela matemática. Ninguém na família tem essa habilidade, eles que estão comandando matemática (risos)”.
As medalhas conquistadas pelos irmãos são motivo de comemoração para Eliamar. “Sinto um orgulho imenso do resultado que eles obtiveram e não tenho palavras, é muito gratificante todas essas medalhas que eles conquistaram e vitórias que obtiveram no decorrer desse ensino fundamental”.
Eliamar destaca que sempre incentiva Matheus e Maurício a estudarem, buscando aperfeiçoamento. “A prática de exercícios na verdade que traz esse conhecimento, esse potencial para passar nessas provas. É praticando que se aprende, fazendo muito exercício”.
Apesar da disciplina e compromisso com a matemática, os garotos têm uma rotina normal, típica de outros meninos de sua idade. “Eles gostam muito também de passear de bicicleta com os amigos, fazer trilha, mas tem que abrir mãos às vezes por um objetivo maior. Mesmo assim, têm os momentos de lazer, não deixam de brincar, curtir e participar de outros campeonatos de esporte também”.
A premiação está prevista para acontecer em maio de 2016. Mas, na próxima semana Maurício representará os medalhistas de Minas Gerais, em uma comemoração que acontecerá na cidade de Belo Horizonte.
Um comentário
Guilherme
Esses caras e o bichao msm KK Aposto q aprendeu com o taruira KK ??