Escola Estadual Princesa Isabel promove exposição de arte de aluno da Educação Especial
CARATINGA- Gabriel de Lima Adolfo e Silva, 17 anos. Apaixonado pela área de humanas, especialmente por teorias sociológicas. Fascinado pelo estudo da sociedade e do mundo, bem como pelos mistérios que a vida e o universo apresentam.
O estudante da Educação Especial da Escola Estadual Princesa Isabel retrata o que observa e sente através dos desenhos. E ele teve a oportunidade de expor a sua arte para os colegas na escola.
Gabriel recebeu a equipe do DIÁRIO e apresentou a exposição. “Quando fiquei sabendo que faria uma exposição do meu trabalho, fiquei muito feliz mesmo. Decidi colocar mais capricho. E quem me deu a ideia de fazer essas caricaturas de alguns funcionários da escola foi a minha professora de apoio, a Flávia Moreira. Também desenhei a Bia, minha personagem que eu mesmo criei. E temos desenhos de outros temas, sobre o racismo; halloween, já que estava chegando outubro. Desenho animado porque eu amo esse estilo demais. Mas, gosto mais de desenhar paisagens urbanas, como carros, estradas, casas.
O estudante afirma que começou a desenhar ainda na infância e que está empolgado. “Eu desenhava alguns jogos que eu gostava muito, como Minecraft, Roblox e Five Nights at Freddy’s. Estou achando uma honra demais assim, você não tem ideia. Eu estou muito feliz mesmo de poder estar mostrando meu trabalho, por enquanto para a cidade, mas depois eu acredito que vai chegar em todos os cantos do mundo”.
O adolescente expressa seu interesse particular por história e eventos marcantes da humanidade. “Ainda estou definindo meus sonhos, mas, se tudo correr bem, espero me tornar um artista de videogames ou até mesmo criar minha própria animação”
A professora de apoio Flávia Moreira destaca que Gabriel é aluno dedicado e bastante talentoso e que o desenho o auxilia nas atividades escolares. “O Gabriel é nosso aluno aqui desde o sexto ano e a gente tem acompanhado ele nesse desenvolvimento e sempre incentivado a fazer a arte, que é uma oportunidade de expressar o talento dele e também porque funciona até como terapia para ele, quando ele está mais cansado. Ele consegue relaxar, fazer o desenho, tem um olhar muito interessante social também. E aí ele consegue transmitir na arte aquilo que ele está aprendendo na sala de aula. Às vezes, para fazer um texto, ele vai lá e consegue transmitir muito mais fazendo o desenho. E assim, ele foi desenvolvendo. Quanto mais incentivamos, mais ele foi esforçando. E ele desenha muito rápido, com muita habilidade e prende muito a atenção os desenhos dele”.
Flávia reforça que o desenho também está despertando no estudante o desejo profissional. “Todo mundo gosta muito de ver esse olhar dele atento a coisas que às vezes a gente não percebe no nosso cotidiano. E ele tem até pensado em trabalhar futuramente, procurar se qualificar profissionalmente, porque o talento ele já tem. Agora ele está terminando o terceiro ano do Ensino Médio e finalizar com a exposição dele, olhar para trás toda a caminhada que ele fez no decorrer desses anos, ver que ele pode levar para a vida profissional dele e ir lá no mercado de trabalho, fazer uma coisa que ele gosta, que é desenhar. E desenha muito bem”.