Para os gregos as Olimpíadas eram da maior importância, influenciando não apenas aspectos esportivos e políticos, mas, também, e principalmente, os religiosos: era uma forma de homenagear e prestar culto aos deuses, principalmente à sua entidade maior, Zeus, o seu deus dos deuses.
Politicamente, buscava-se maior harmonia entre as cidades-estados. E, para os participantes, servia como um evento de valorização da saúde, dos cuidados para desenvolver e conservar um corpo saudável. Para o povo, sem dúvida, um entretenimento sadio, mas que durava apenas cinco dias…
No século II A.C. os romanos invadiram e dominaram a Grécia, e várias tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. Em 392 D.C., o imperador romano Teodósio, após converter-se ao cristianismo, proibiu os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo greco-romano.
A era moderna das Olimpíadas teve seu início em 1896, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, o barão de Coubertin, com a participação de 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis.
Em pleno século XXI pode-se afirmar, sem receio de engano, que uma olimpíada extrapola em muito o que estava sendo proposto na sua reinauguração há 120 anos. E mais: a ideia sobre “o que é arte” ganhou um fantástico impacto inovador! Um detalhe que não pode ser ignorado mais: a participação direta ou indireta de alguns bilhões de pessoas! De fato, somos testemunhas do nascimento de uma nova arte, sem nome ainda, cujas etapas de criação, porém, podem ser traçadas…
Mas, e a Teologia, onde ela se encontra hoje, no final de mais um destes eventos?
Queiramos ou não, fomos tocados e não somos mais os mesmos.
O que mudou?
Olhando do nosso lado – de quem esteve participando pela TV, continuamos a rever e recordar imagens que mais nos interessaram: temos resenhas do ponto de vista pátrio (comparação entre os 200 e poucos países, que provocaram nosso orgulho), do ponto de vista atlético (os novos recordes alcançados, as novas modalidades acrescentadas – uma admiração universal pelos competidores), e do ponto de vista artístico, com inúmeras imagens inesquecíveis pela sua beleza, pela coordenação corpórea ou da equipe, atingindo, entretanto, o seu ponto culminante nas apresentações de abertura e encerramento para as quais ainda não temos adjetivos adequados – foram exuberantes, luxuriantes, de fascinação deslumbrante.
Entre esta riqueza de imagens, encontramos, também, algumas, não muitas, de decepção: daquelas ou daqueles, que não alcançaram seus objetivos, ou cujos alvos não levavam em consideração o esforço dos outros contendores. Talvez nossos times femininos de futebol e vôlei exemplifiquem isso: as nossas excelentes atletas tomadas pela tristeza, e todos nós chorando com elas – um momento de sincronização humana que raros olímpicos não experimentaram!
Houve surpresas agradáveis, emocionantes, entre as quais está o nosso Robson do boxe, e com certeza, o Isaquias da canoagem, e tantos outros que nos brindaram com alegrias multiplicadas: verdadeiras histórias de superação, de persistência, de feitos humanos.
Vimos também a incumbência crucial do técnico, por exemplo, no vôlei masculino: sua atuação foi decisiva para que o time brasileiro não fosse tragado pelas ‘enxurradas’ de pontos adversários. Bernardinho, o “Jornada nas Estrelas”, pedia ‘licença’ e reorientava seus comandados, que lhe obedeciam, voltando a pontuar, e juntos alcançaram o ouro.
Trabalho conjunto, desejo ferrenho de vencer, obstinação de dar o melhor; enfrentamento de provas de fogo com frieza metódica, desafios tremendamente elevados – e que não seja esquecida a colossal intimidação e a magnífica e sobejante conquista-vitória da cidade-patrocinadora, do Rio de Janeiro.
Teologicamente, foram dias em que o exercitar constante e ordenado, o competir, o esforçar-se humano, individualmente ou em equipe, foram elevados à potência máxima, e o comportamento, o respeito mútuo e a capacidade de realização passaram pelo crivo, deixando um legado substancial e vigoroso de lições e inspiração à toda a humanidade, que lembram nosso apóstolo judio-greco-romano, Paulo de Tarso, usando imagens do atletismo em suas missivas neo-testamentárias do primeiro século cristão…
Por isso, ao considerar as eleições batendo à porta, creio firmemente que nossas candidatas e nossos candidatos obtiveram suficientes injeções de ânimo, de criatividade e de fibra – e que certamente podemos esperar uma ‘maratona’ até outubro da maior seriedade, e com um número muito reduzido de palavras vazias e inúteis, elementos básicos para que as/os melhores e as/os mais capazes sejam elevadas/os às posições para bem governar nossas cidades e estados.
Sim, houve e sempre corremos o perigo de colocar nossos valores na ordem errada! Aí, de fato, estaremos “prestando culto” a outros deuses, do egoísmo, da cobiça, do engano, da mentira, da divisão, da violência, os quais, contudo, nos tornam menos humanos, e que trazem consequências funestas para nós e para aqueles que prezamos. Vamos olhar para o nosso próximo e dar-lhe todo apoio no que ele precisa!
É tempo de olimpíada, de performance – lá em casa, na escola, no trabalho, na prefeitura, no fórum, na fábrica, no comércio, na igreja, no clube. Enfim, em todos os recantos de nossa comunidade! É tempo de buscar novos recordes…
Rudi Augusto Kruger,
Diretor da FACTUAL, [email protected]
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