Embora já seja um tema discutido na mídia e entre as pessoas, abordo por considerá-lo sempre atual.
Há alguns dias o grupo de teatro “Porta do Fundos” fez uma apresentação em que maculou a figura de Jesus Cristo e de Maria Santíssima. Uma verdadeira difamação e desrespeito a pessoas santas que são alvo central da religião de milhares de cristãos. Principalmente nós, católicos, que veneramos a figura de Maria e consideramos Jesus Cristo como o salvador e a figura mais importante da história da humanidade.
A Igreja calou-se diante da terrível profanação, mas muitos sacerdotes manifestaram seu repúdio.
A questão, já tão debatida, gira em torno do respeito. A palavra de ordem da ética e da boa conduta é o respeito. Seja em nossa vida pessoal com parentes, amigos e colegas de trabalho, o respeito deve reger nossas atitudes.
Logo depois da apresentação da peça, houve um ataque ao grupo Porta dos Fundos. É claro que a violência também é inaceitável. Mas aproveitando o fato, jornais, revistas, a mídia em geral, aproveitaram do ataque para defender a liberdade de expressão, dando ênfase ao ataque, sem manifestar a falta de respeito que ocasionou a atitude violenta.
Novamente colocamo-nos na posição que tenta compreender essa liberdade de expressão ampla e irrestrita que fere e desrespeita. Não é benéfica essa liberdade que ultrapassa o decoro e a ética. Como denegrir a imagem de uma pessoa de forma ultrajante, sem que ela se sinta ofendida?
Lembro-me bem da revista francesa “Charlie Hebdo” que desrespeitava pessoas e grupos religiosos de forma agressiva em nome da sátira, da arte, do divertimento. Tanto ofendeu Maomé que despertou o ódio dos seguidores. Em 2015, o grupo da revista foi atacado fulminantemente, morrendo todos os componentes. Não é uma atitude certa, matar. Mas o desrespeito sempre causa comoção aos ofendidos.
Penso que seja preciso repensar sobre essa liberdade de expressão que não respeita religião, ícones religiosos e pessoas do desafeto dos grupos que fazem da liberdade de expressão uma forma de ofender, enodoar currículos e pessoas em nome da arte, que muitas vezes não diverte, só causa espanto. Para atrair o público, esses grupos abordam temas cada vez mais surreais, na tentativa de agradar. A criatividade que leva arte, está em declínio.
Será preciso punir, é uma forma de tentar coibir o desrespeito próprio dos que não têm ética e nem amor ao próximo. Se essa situação continuar, haverá muita violência, sofrimento e falta de paz.
Marilene Godinho