Não existem sociedades sem mudanças, que acontecem quando surge uma transformação que altera o estado, modelo ou situação anterior de qualquer realidade, seja por razões inesperadas ou planejadas. Essas transformações podem ser de natureza política, social, econômica, tecnológica, cultural, ecológica, dentre outras, fazendo com que a vida não seja um caminho linear. Para Hodgetts et al (2000), a mudança, além de desejável, é vista como necessária.
Segundo Lopes et al (2003), em uma sociedade onde as ideias, os recursos e competências estão globalizados e o compartilhamento de informações é instantâneo, gerando ainda mais alterações, faz-se necessário desenvolver a interação entre o contexto externo e interno da mudança (Por que Mudar?), seu conteúdo (O quê mudar?) e o processo de mudança (Como mudar?), visando um processo coordenado e planejado de mudança, conforme exposto por Pettigrew e Whipp (1992).
É importante ressaltar que toda mudança, apesar de gerar oportunidades, traz incertezas e cria pressões, exigindo que o líder da mudança explicite ao máximo onde pretende chegar, evidenciando os benefícios da nova situação, visando minimizar as resistências. Ou seja, como destacam Lopes et al (2003), as pessoas só aceitam a mudança, quando confiam no líder do processo de mudança.
Em termos de mudanças políticas, Coutinho (2006) considera que as mesmas tornaram a América do Sul, no final do século XX, mais democrática e liberal. Após um período neoliberal, com práticas e política hegemônica, surgiram, no começo do século XXI, os governos nacionais, que foram eleitos pelas “ruas”, mas foram forçados a agirem em sintonia com os mercados e com todas as exigências de um mundo cada vez mais globalizado e interdependente. Dentro dessa perspectiva, o referido autor cita um ex-Presidente da República Federativa do Brasil, que, na sua visão, exerceu uma liderança mais negociadora, preferindo reproduzir uma lógica de alianças e de compromissos mais diversificada, como forma de inserção no mundo contemporâneo.
Observa-se, assim que, movimentos e contra movimentos políticos flexíveis levam á ascensão de novas lideranças ao poder, como forma das sociedades reagirem às contradições e crises, visando um maior crescimento da economia, estabilidade de preços e do nível de emprego, além de mínima condição de bem estar e igualdade social.
Professor MSc. Engenheiro Civil Alessandro Saraiva Loreto, formado na Universidade Federal de Viçosa, Mestrado em Geotecnia Ambiental na UFV, Professor titular do UNEC e Coordenador do Curso de Engenharia Civil do UNEC Caratinga e Nanuque.
Mais informações sobre o autor, acesse: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779350Y4