Nesta coluna tenho tentado mostrar o lado prático da Teologia – prático, por que é aquele com o qual cada um de nós se depara constantemente no dia a dia.
Também, a ideia que a Teologia está relegada a pessoas “santas”, isto é, separadas do resto da comunidade está errada na sua base: se foi o Criador que criou as próprias leis da natureza que o homem tem descoberto, Ele também está envolvido em tudo o que fazemos na face deste planeta, seja a área que for!
Transitar nas estradas e rodovias é uma boa analogia para a nossa vida. Aos 18 anos ganhei o direito de dirigir nas estradas do mundo. Do interior do Rio Grande do Sul às rodovias europeias de velocidade ilimitada, dos caminhos de chão (e barro) do Paraná às highways americanas, retilíneas e com quatro pistas – devo ter dirigido, nos mais de 50 anos como motorista, no mínimo, um milhão de quilômetros!
E nesta jornada sempre tive comigo um companheiro nem sempre agradável, mas que nunca deixou de ser importante, e no fundo, amigo: o medo! Em noite ou dia de inverno, quando a estrada estava coberta de neve, ou de gelo, eu sempre era lembrado daquela primeira viagem na neve, quando de repente o carro agiu por conta própria, e foi para onde eu não queria ir – para fora da estrada!
Tantas lembranças, atravessando sozinho os Estados Unidos ou fazendo o trajeto Brasília a Caratinga – sempre houve algum momento em que algo exigia um cuidado maior, e era por causa dessa sensação que incomodava, e que refletia um medo original de que eu pudesse me dar mal, e de ter um acidente fatal.
Confesso que – por causa do medo – em todo o lugar e a todo o tempo eu estava à procura de placas e sinais, que indicassem o caminho, os perigos, como eu deveria me portar naquela estrada.
Se hoje estou aqui para contar essa história, é porque sempre havia um número de regras e leis que estavam sendo sinalizadas e – MAIS IMPORTANTE – porque eu as cumpri!
Que houve leis que me “atrapalhavam”? Claro que houve. Principalmente quando a estrada era boa, o trânsito, normal, e eu estava indo em direção a algum lugar que eu queria muito conhecer. De repente, esquecia da lei da velocidade…
Talvez a experiência mais marcante foi a viagem de Pensacola na Flórida de volta para ‘nossa’ cidade de Atlanta. Nosso filho Elias, caçula (ainda de menor) e eu tínhamos ido aos incríveis encontros do Avivamento de Pensacola, e voltávamos muito recompensados. Mas, de repente, o carro começou a fazer ‘manha’ – o carburador parecia que falhava, e ele não conseguia desenvolver. Como motorista experiente, pensei em forçar um pouco o motor e andei mais rápido – apenas uns poucos quilômetros. Não levou 5 minutos e a polícia rodoviária estava-nos ‘perseguindo’.
Contei toda a verdade. Pela velocidade, eles poderiam ter tirado minha carteira. O policial foi compreensivo, dando-me apenas uma multa razoável. Tinha sido um grande descuido de minha parte: meu MEDO de ser ‘pego’ foi superado pelo problema do carro.
Do ponto de vista da Teologia, eu tinha experimentado a misericórdia da autoridade. Mas eu era culpado. Não que a autoridade quisesse me tirar um prazer ou alegria, mas fui mais uma vez lembrado de como é importante guardar as leis de trânsito.
Precisamos de leis em todas as áreas de nossa vida. Que não percamos o respeito e o sentimento de admiração profunda pelo ser humano, pela vida aonde quer que se manifeste, e pelo Criador, o doador da vida.
Aqui estamos no terreno da Teologia! É no dia a dia, mas é no sentido mais profundo, e que nos faz refletir.
O medo é algo positivo, desde que nos ajude a viver!
Como escrevi semana passada, a Lei (de Deus, ou qualquer lei) é boa – ela é necessária, indispensável, e ela faz bem a qualquer um que a entende e segue.
Quando, porém, a ‘lei’ abater e tirar o ânimo – essa não tem lugar algum onde a mensagem libertadora de Jesus Cristo é pregada.
Por isso, é hora de levantar o deprimido das cinzas do desespero, de trazer alegria e visão àquele que ficou desanimado e sem propósito, e aquele ou aquela que sofre discriminação, que saiba de novo que o seu valor é real, imutável, e que uma nova oportunidade lhe está sendo oferecida!
E que siga o conselho sábio: Você está perdoado! Vá, e não peques mais! Neste caso, o Mestre está nos lembrando do medo saudável, que nos ajuda a evitar as “passadas” para fora do caminho seguro.
Rudi Kruger – Diretor
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A FACTUAL – Faculdade de Teologia de Caratinga Uriel de Almeida Leitão é credenciada e autorizada pelo MEC, e mantida pela Rede de Ensino DOCTUM.