- Eugênio Maria Gomes
Daqui a pouco chegará o momento de escolhermos o presidente que irá governar o país, nos próximos quatro anos. Até agora, se nos apresenta um cenário desanimador em termos de pré-candidatos. Também, a campanha eleitoral não começou efetivamente e, até o momento, tudo o que temos recebido são notícias soltas, muitos comentários com veracidade duvidosa e, claro, muitas Fake News.
Olhando o cenário atual e os candidatos que se apresentam, ainda é cedo para dizermos “este é o meu candidato”. Porém, independentemente dos perfis à disposição, uma coisa é certa: eu sei, exatamente, o que eu desejo e o que eu não desejo como características necessárias do futuro chefe do executivo brasileiro. Eis algumas:
– Que ele seja o funcionário público número 1, que seja o melhor, que seja exemplo para todo o funcionalismo brasileiro.
– Que ele priorize a Educação, de maneira muito especial a básica e fundamental e que ajude a derrubar o medo que os políticos têm de se submeterem ao julgamento e avaliação de eleitores educados e bem informados.
– Que ele valorize o professor, a tal ponto, que consiga reverter a aversão que começa a tomar forma, entre os estudantes por esta tão digna profissão, devido à baixa remuneração e ao desrespeito com que os seus agentes são tratados.
– Que ele invista, efetivamente, na Saúde Pública. Que ela melhore tanto que ele, também, tenha coragem de utilizar o mesmo serviço oferecido à população.
– Que ele valorize e invista nas boas instituições sociais, apoiando, especialmente, as que trabalham com crianças em situação de risco social, idosos, dependentes químicos e portadores de necessidades especiais.
– Que ele respeite as diversas diferenças existentes em um país tão plural, quanto o Brasil. Que ele veja o cidadão antes de ver a sua etnia, a sua crença ou as suas escolhas pessoais.
– Que ele seja honesto, probo e que crie uma agenda que privilegie o país, em vez de privilegiar partidos, políticos, familiares e amigos.
– Que ele consiga colocar a economia do país nos trilhos, mantenha a inflação em queda e reduza a taxa de desemprego ao mínimo aceitável.
– Que ele implemente políticas que quebrem o ciclo de insegurança que tomou conta do país e que tem levando medo, tristeza e dor às famílias brasileiras.
– Que ele consiga governar sem amarras e que privilegie o mérito na composição de seus ministérios e nos postos de direção das empresas estatais.
– Que ele seja o principal interessado nas reformas política e tributária, diminuindo o número de partidos, os benefícios concedidos aos parlamentares e a carga de impostos que pagamos para manter tudo isso.
– Que ele seja um defensor da liberdade de expressão e da livre manifestação, responsável, de todos os grupos sociais.
– Que ele valorize a Cultura, em todas as suas modalidades, assim como a todos os seus agentes.
– Que ele seja o primeiro defensor dos cuidados com o meio ambiente e reforce a disseminação do conceito de sustentabilidade e de responsabilidade ambiental.
-Que ele recupere a dignidade e a respeitabilidade da política externa do País, de forma que o Brasil retorne a atuar, positivamente e com altivez, nas relações internacionais.
Enfim, que nosso próximo Presidente seja alguém digno, respeitável e efetivamente compromissado com os legítimos interesses de toda a sociedade brasileira.
Agora, é aguardar o início da campanha, para fazer a melhor escolha. Voto branco e voto nulo podem significar a eleição do candidato mais inadequado. Por isso, mesmo que não encontre, em um candidato, todas as características que gostaria de ver no próximo presidente, pode ser que tenha de escolher o “menos pior”. Dessa vez não vou no “bolo”… Eu quero, sim, avaliar cada ficha e cada uma das propostas que se apresentarem.
- Eugênio Maria Gomes é professor, apresentador e escritor.