*Thales Alves Aguiar
As incertezas das modificações econômicas e financeiras formadas neste início de século apontaram para a tomada de ações inovadoras, cuja natureza ainda não está tão clara, quanto as recentes necessidades dos mercados comerciais. Daí a busca por alternativas como, por exemplo, o cooperativismo, que é visto se não para solucionar, pelo menos amenizar problemas do setor produtivo e social de muitas cidades do país, dando mais segurança e tranquilidade ao cliente/consumidor e resgatando a dignidade humana de cada pessoa envolvida no processo. O grande diferencial competitivo em qualquer tipo de negócio é o conhecimento centrado nos gestores das organizações, permitindo que o mesmo, a partir de suas competências e atitudes, faça a diferença, levando a empresa ao sucesso. E isto também ocorre com as cooperativas que recentemente devido ao seu caráter empreendedor, possui maior relevância e estão à frente das demais organizações. A preocupação com a educação é uma característica recente do Administrador, notando-se que, a grande maioria dos gestores são graduados. Suas aptidões podem valorizar destacando-se mais como qualidades dos profissionais do que habilidades exigidas pelos cargos que ocupam. As valorações como Responsabilidade, Honestidade, Iniciativa, Motivação Pessoal, Liderança, serão sempre indispensáveis para o Administrador, que em sua atividade, precisa praticar o Planejamento, bem como a execução das tarefas alinhadas. A ação empreendedora de uma cooperativa será induzida por políticas de desenvolvimento social e concebida de forma espontânea pelas pessoas, que se reunirão e decidirão realizar suas metas em conjunto, pois uma organização colaborativa só prosperará se os seus sócios também conseguirem realizar suas necessidades pessoais (básicas/segurança/sociais/estima e autorrealização). Podemos então dar destaque como exemplo de sucesso as grandes empresas comerciais que evidenciam o termo QVT (qualidade de vida no trabalho).
Na administração moderna, estudiosos já revelaram que o ser humano é cada vez mais o potencial competitivo das organizações. Em decorrência dessas mudanças é muito importante saber que o líder deve passar confiança e não autoritariamente a imposição do seu poder. A opressão sobre as pessoas é justamente uma força contrária em busca de suas realizações e de suas motivações, já possuir autoridade, tem sido definido como a habilidade de levar os outros a aceitarem com disponibilidade sua vontade, por causa da sua influência pessoal. O poder autoritário até pode funcionar a curto prazo, mas ele deteriora os relacionamentos gerando conflitos como: greves, violências, sabotagem, alta rotatividade de funcionários, absenteísmo, baixa produtividade e insatisfação. As organizações contratam a força de trabalho e esperam bons resultados de sua mão de obra, envolvimento e dedicação. O homem espera um salário justo e adequado, convivência sadia e oportunidade de crescimento. O líder então deverá buscar junto a organização, boas condições de trabalho relacionando o alcance da produtividade, reduzindo fatores negativos interferindo diretamente na vida do empregado e gerando benefícios para ambas as partes. Antes que a implementação de programas de qualidade de vida seja inserida no ambiente de trabalho é fundamental identificar atentamente as necessidades individuais e alinhar aos objetivos da organização. É fundamental a participação e apoio de todos os membros. Todo esforço deverá ser concentrado na motivação pessoal e organizacional.
Estas curtas informações são pequenas contribuições para demonstrar que no cooperativismo também existem empresas desenvolvendo estratégias de grande impacto no processo de gestão e que merecem ser estudadas e analisadas com mais profundidade para que a sociedade tome conhecimento e participe, reconhecendo o trabalho dos profissionais envolvidos nestas operações. As competências dos gestores nas cooperativas devem conduzir a organização para o sucesso. É urgente que os mesmos estejam preparados para lidar com as incertezas e complexidades de mercado. Em síntese, o que os especialistas em administração esperam de um condutor empresarial é visão global e atuação local. Os grandes líderes são aqueles que finalizam as metas que assumem. Uma boa administração de equipes e uma ótima qualidade de vida no trabalho exige uma relação de fidelidade com sua equipe mesmo quando surgem falhas, mesmo quando existe uma deficiência no padrão de qualidade dos trabalhadores ou quando alguém precisa de auxílio. “A estatura moral de um homem não é a sua posição em momentos de conforto e conveniência, mas em momento de desafio e controvérsia.” (Martin Luther King Jr.)
THALES ALVES AGUIAR é mineiro, de Governador Valadares. Funcionário Público, Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Bacharel em Administração pela UNIVALE. Especialista em Gestão Pública, Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente se especializando em História e Filosofia Maçônica pela UNINTER. É autor do Livro: Lágrimas de Humanidade. Tem artigos científicos publicados na área de comunicação e já participou como colaborador de dois livros sobre: Educação e Cidadania e Liberdade de Expressão, da série Obreiros em Tempo de Articulação. É também membro efetivo da AMLM (Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas).