Muita gente só conhece o lado ruim, mau dos fariseus.
Ser chamado de fariseu é algo ofensivo, totalmente indesejável.
Quando Jesus repreendeu os fariseus (e escribas), ele estava apontando para um terrível PECADO frequente no exercício da função de fariseu (e, sinceramente, não só deles!): o EXCESSIVO CUIDADO COM AS APARÊNCIAS.
“As aparências enganam!” Pior: quem se orienta por elas, não leva em conta o mais importante, o cerne, o interior. E pode estar totalmente errado, até corrupto, corrompido, assim como um túmulo no cemitério: ele é pintado por fora, e apresenta até uma aparência boa, bonita, por fora, mas por dentro, o que encontramos? Restos, podridão e mau cheiro.
Toda vez que alguém, como líder, estudioso, juiz, deputado, etc. faz uma interpretação (de um texto normativo) baseado ou influenciado naquilo que os outros vão pensar, dizer, etc., ele age falsamente, erra muito “feio” e comete este pecado diante dos homens e diante de Deus que vê todas as coisas!
A pergunta é: Quais são as intenções que estão guiando o intérprete?
Apresentei tudo isso para mencionar na íntegra a declaração de um homem de nossos dias que é um profundo conhecedor das Escrituras Sagradas bem como da cultura judaica, bem como do mundo ocidental e oriental: “A maneira tradicional que os cristãos têm entendido a Bíblia trouxe a divisão e sectarismo ao mundo”.
Chocante, não é?
Isso me faz lembrar um papo que tive com um jovem imigrante da Turquia nos anos 70. Na época eu era ministro cristão (luterano) em Berlim. Suas palavras foram tão fortes que até hoje estou tentando absorve-las: “- Por que vocês cristãos são tão divididos? Se o Cristianismo fosse mesmo a religião certa, haveria unidade entre vocês, e o mundo seria diferente: vocês estariam promovendo a paz em todo o lugar aonde chegam!”
De acordo com o estudioso do assunto mencionado acima, o problema é a INTERPRETAÇÃO errônea, limitada, não-bíblica da própria Bíblia!
Mas, qual é o lado bom do fariseu?
Eles não somente popularizaram a leitura da Bíblia, mas também criaram as principais regras de entendimento (interpretação) desta leitura!
Isso foi no século II a.C., quando consideraram a leitura do texto sagrado bom “para todos”! (Mil e quinhentos anos antes de Martim Lutero!)
Naqueles dias a própria Bíblia (Antigo Testamento) estava sendo ‘formada’! Mas, também, este grupo fariseu, como estudiosos fieis das Escrituras, desenvolveram as primeiras regras de interpretação. E pasmem: foi com esses princípios que o próprio Jesus estudou e debateu com os mestres no Templo aos 12 anos!
Qualquer texto tem pelo menos dois sentidos – o claro e o oculto. Mas aí vem o contexto, que envolve a cultura, e que pode mudar tudo. Um exemplo claro de interpretação errada (não de acordo com a Bíblia) é a expressão muito usada pelos cristãos de cruzar o Jordão e “ir para a Terra Prometida” como uma metáfora para a morte. Esta associação não vem da Bíblia, mas de uma mitologia grega pagã que diz que uma pessoa morta tem que atravessar o rio Estige e “chegar ao outro lado”. (Pessoalmente, prefiro falar de ser levado “ao seio de Abraão”, como Jesus diz em sua parábola do rico e de Lázaro!)
Por outro lado, o texto de Oseias (11.1) “Do Egito chamei o meu filho” mostra outro tipo de regra de interpretação, mas agora correta, bíblica. Se seu método de interpretação for apenas o literal, então você está em desacordo com o Evangelista Mateus. Por quê? Porque o texto de Oseias não tem nada a ver com o Messias – e ainda por cima, é um contexto totalmente negativo! Mas pelo princípio da associação, muito usado tanto por Jesus como pelos profetas do Antigo e os apóstolos-escritores do Novo Testamento, temos uma revelação sobre o que aconteceu a Jesus ainda bem pequenino.
Sim, há muita coisa boa vinda da cultura dos fariseus: que tal, a própria Bíblia!?
A Faculdade de Teologia de Caratinga Uriel de Almeida Leitão está aqui (como outras escolas superiores reconhecidas pelo MEC) para estudar, sobretudo como não fazer interpretações erradas, cujas consequências – imediatas ou não, de efeito postergado – podem causar separação, divisão e até coisas piores.
Participe você também desta jornada pela verdade, tão necessária em nossa pátria, que sofre tanto por causa da divisão, por ser tão impiedosamente esquartejada por vilões, egoístas, falsos – a torto e a direito!
Rudi Kruger – Diretor
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