O médico Marcelo Cruz foi quem proferiu a palestra
CARATINGA – A Campanha Novembro Azul intensifica neste mês a prevenção e o tratamento da saúde do homem, em especial contra o câncer de próstata. No próximo dia 17 é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Baseado neste mês totalmente dedicado a eles, o Rotary Club Caratinga recebeu na noite de terça-feira (4), o urologista Marcelo Cruz. Ele trouxe algumas orientações sobre o câncer de próstata e a importância do diagnóstico precoce. É necessário quebrar tabus que ainda separam os homens da prevenção.
Marcelo atentou para o fato de que a Sociedade Brasileira de Urologia já vem chamando a atenção da necessidade de um mês dedicado ao cuidado especifico com a saúde do homem. “Porque o homem vem sendo esquecido nessa política de saúde brasileira. Você ouve falar em campanhas da saúde da mulher, hospital infantil, hospital da mulher, no entanto o homem tem ficado a margem desse processo de cuidado e convivendo com essa falta de hábito de cuidar da saúde. A estrutura tem colaborado para que a gente tenha tido um número de mortes muito maior do que normalmente a gente teria, caso as medidas gerais fossem necessariamente tomadas”.
O urologista usou de números, para dimensionar a gravidade da doença. A estimativa é que esse ano sejam 69 mil novos casos diagnosticados. “A gente sabe que um em cada seis homens vai ter o câncer de próstata. Então, é uma doença de uma relevância bastante significativa e que como tal, inspira os cuidados necessários para que se evitem as mortes decorrentes do não diagnóstico precoce da doença. O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum no homem. Ele aparece atrás apenas do câncer de pele. Ele só mata também menos do que o câncer de pulmão. É uma doença de início e de evolução silenciosa. Muitas vezes o individuo quando vai sentir o sintoma da doença, já a tem num estágio avançado”.
É importante também ficar alerta quanto à mudança de idade para a realização dos exames, que antes era recomendada, a partir dos 40 anos, às pessoas que fazem parte do grupo de risco de câncer de próstata e 45 anos, para as demais pessoas. “Com base em estudos onde as pessoas estavam habituadas a fazer exames com mais consistência do que no Brasil, eles evoluíram essa escala. Os homens devem começar o exame de próstata a partir dos 50 anos e aos 45 anos, os homens do grupo de risco. Os exames consistem nos testes laboratoriais PSA (antígeno prostático específico) e do exame digital retal com periodicidade anual”.
Outro fator decisivo no processo de prevenção está ligado ao histórico familiar. “A gente sabe que à medida que um ou mais descendentes da família apresentam a doença, as chances vão evoluindo. Então, a pessoa que tem três casos na família tem em média vinte vezes mais chances de ter câncer de próstata. Essa questão é de suma importância”.
Rotary recebeu palestra orientando sobre o câncer de próstata
