Dentre os exonerados está Ronaldo Fidelis, que já foi investigado por fraude em licitações
CARATINGA – Na tarde de ontem, saiu uma lista com novas exonerações. A publicação foi feita pelo diário eletrônico da Prefeitura de Caratinga. Foram exonerados Lucimar de Cássia Alves Costa (tesoureira), Geraldo Pereira Soares (superintendente de Tributação), Joaquim Araújo Gomes (superintendente de Contabilidade), Ailton Custódio da Silva (superintendente de Planejamento e Orçamento), Claudio Lopes Monteiro (assessor de Tecnologia da Informação), Edla Paula Lessa (assessor de projetos), Daniel Fernandes Correa (chefe de seção de Imagem Fotográfica) e Ronaldo Fidelis da Silva (superintendente de Contratos e Licitações).
Ronaldo se envolveu em polêmicas logo nos primeiros 90 dias de gestão do prefeito Marco Antônio Junqueira, sendo alvo de denúncias no Tribunal de Contas do Estado (TCE), por irregularidades em processos de licitação, infringindo a Lei 8666/93. O primeiro caso denunciado foi a licitação do transporte escolar, suspensa pelo TCE. Outras irregularidades foram aparecendo, inclusive a dispensa de licitação no caso especifico do lixo urbano, com previsão de gasto de 250 mil reais mensais, valor muito alto para justificar a dispensa de licitação, segundo a lei. Depois, o TCE interveio novamente, cancelando o processo seletivo da prefeitura, apontando várias irregularidades.
Por fim, a prefeitura, através do prefeito Marco Antônio e de seu pregoeiro, Ronaldo Fidélis, deu início ao processo de licitação para jornal impresso. Desde o início, o procedimento gerou polêmica: o setor de licitação pediu orçamento de custo, antes mesmo de abertura do edital. Mais uma investigação de irregularidades e o processo foi suspenso. Em ambos os casos ele foi acusado de tentar favorecer participantes.
De acordo com documentos obtidos pelo DIÁRIO na época, o leiloeiro Ronaldo Fidelis também já foi investigado na Operação João de Barro, da Polícia Federal, acusado de fraude em processo de licitação no município de Santana do Paraíso, no Vale do Aço. Mais três pessoas, ligadas a uma empreiteira também foram denunciadas.