Altas temperaturas
As altas temperaturas no decorrer do verão brasileiro, prejudicaram o crescimento dos frutos da nova safra 2025 e muitos agrônomos já se preocupam com o impacto das temperaturas deste verão, encerrado ontem, sobre a produção cafeeira do Brasil em 2026.
Altas temperaturas II
Segundo matéria veiculada pela revista Globo Rural, entre janeiro e fevereiro, as lavouras de café enfrentaram estiagem e altas temperaturas, o que deve afetar o rendimento da safra atual de café e da próxima, de acordo com a Cooxupé – Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé, maior comercializadora de café do mundo. “Ainda tem muita instabilidade climática. Não temos certeza do que vai acontecer”, afirmou Osvaldo Bachião Filho, vice-presidente da Cooxupé. Ele disse que as temperaturas em fevereiro ficaram mais altas que em novembro, ultrapassando 32°C. Acima dessa temperatura, segundo o executivo, o cafezal para de fazer fotossíntese. Ele acrescentou que os cafezais produziram menos folhas por conta do calor. Além disso, as chuvas retornaram nos últimos dias, mas não em todas as regiões cafeeiras. “Alguns lugares estão com o volume de chuvas 60% abaixo da média histórica”, observou. Carlos Augusto Rodrigues De Melo, presidente da Cooxupé, disse que só será possível medir o impacto do clima depois que o café for colhido e beneficiado (fonte: revista Globo Rural).
ICE
Os contratos de arábica com vencimento em maio próximo na ICE Futures US em Nova Iorque, oscilaram, na sexta-feira (21), 925 pontos entre a máxima e a mínima, batendo em US$ 3,9575 na máxima do dia, em alta de 360 pontos. Fecharam valendo US$ 3,9140 com queda de 75 pontos.
Na ICE Europe, os contratos de robusta para maio próximo bateram, na máxima do dia, em 5.552 dólares por tonelada. Fecharam o pregão valendo 5.515 dólares, em alta de 18 dólares.
Estoques
Na sexta-feira (21), os estoques de cafés certificados na ICE Futures caíram hoje 4.781 sacas. Estão em 777.708 sacas. Há um ano eram de 560.627 sacas. Subiram nesse período 217.081 sacas. Caíram nesta semana 19.028 sacas e na semana passada 1.090 sacas. Subiram na semana anterior à passada 7.762 sacas. No mês de fevereiro caíram 61.994 sacas. No mês de janeiro recuaram 112.385 sacas. Neste ano de 2025, até esta sexta-feira, esses estoques certificados caíram 205.394 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar subiu, sexta-feira (21), 0,72 % frente ao real, fechando o dia a R$ 5,7180. Encerrou a semana passada (14) a R$ 5,7440 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 5,9160. Em reais por saca, os contratos para maio próximo na ICE Futures US fecharam hoje valendo R$ 2.959,42. Fecharam a sexta-feira (14) valendo R$ 2.866,03. Encerraram a sexta-feira anterior (7) à passada a R$ 2.944,12.
Mercado físico
O mercado físico brasileiro permaneceu calmo por toda a última semana. O valor das ofertas impede o fechamento de negócios. Há interesse comprador para todos os padrões de café, entretanto, nas bases de preços oferecidas no mercado, os vendedores recuam e poucos negócios são concluídos. O volume de vendas continua abaixo do necessário para atender às necessidades do consumo interno e exportação.
Embarques
Até dia 21, os embarques de março estavam em 1526.707 sacas de café arábica, 57.775 sacas de café conilon, mais 131.788 sacas de café solúvel, totalizando 1.718.270 sacas embarcadas, contra 1.783.338 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o mesmo dia 21, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 2.245.925 sacas, contra 2.011.720 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 14, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira (21), subiu nos contratos para entrega em maio próximo 1.420 pontos ou US$ 18,78 (R$ 107,37) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE, fecharam no dia 14 a R$ 2.866,03 por saca, e sexta-feira (21), a R$ 2.959,42. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 75 pontos.