Economia
O governo federal anunciou na noite na última quinta-feira (6), um pacote de medidas para tentar reduzir o preço dos alimentos no país. Serão zerados impostos de importação de vários itens, como café, açúcar e carnes. Também foram divulgadas iniciativas regulatórias e incentivos para a produção de itens da cesta básica no próximo Plano Safra. Serão zeradas as alíquotas de importação de carne (atualmente em 10,8%), do café (9%), açúcar (14%), milho (7,2%), óleo de girassol (9%), azeite de oliva (9%), sardinha (32%), biscoitos (16,2%) e massas alimentícias (14,4%). Segundo a ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel, a medida do governo para conter inflação de alimentos é inócua. Zerar alíquota de importação sem ter autorização sanitária para entrar não gera nenhum tipo de repercussão ou vantagem.
Economia II
“A medida é inócua porque qualquer produto de origem vegetal ou animal, para entrar no Brasil, precisa passar por análise de risco fitossanitário do Ministério da Agricultura e Pecuária. Tornar a alíquota de importação de café zerada, sem ter autorização sanitária para entrar, não gera nenhum tipo de repercussão ou vantagem”, avaliou Aguinaldo Lima, diretor de relações institucionais da ABICS. Ele acrescentou que, no caso de produtos vegetais como o café, é necessário fazer análise de risco de pragas e, atualmente, só há dois países de onde o Brasil pode importar café, Peru e Vietnã.
ICE
Os contratos de arábica com vencimento em maio próximo na ICE Futures US em Nova Iorque, oscilaram, sexta-feira (7) 1.300 pontos entre a máxima e a mínima, batendo em US$ 3,9205 na máxima do dia, em alta de 490 pontos. Fecharam valendo US$ 4,8715, com perdas de 275 pontos.
ICE II
Na ICE Europe, os contratos de robusta para maio próximo bateram, na máxima do dia, em 5.478 dólares por tonelada. Fecharam o pregão valendo 5.353 dólares, em queda de 74 dólares.
Estoques
Na última sexta-feira (7), os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram 3.145 sacas. Estão em 797.826 sacas. Há um ano eram de 410.877 sacas. Subiram nesse período 386.949 sacas. Somaram alta nesta semana de 7.762 sacas, e na semana passada, de 17.589 sacas. Na semana anterior à passada caíram 51.400 sacas. Em 2025, até o dia de hoje, esses estoques certificados recuaram 182.141 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar subiu, sexta-feira (7), 0,52 % frente ao real, fechando o dia a R$ 5,7900. Encerrou a semana passada a R$ 5,9160 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 5,7310. Em reais por saca, os contratos para maio próximo na ICE Futures US fecharam hoje valendo R$ 2.944,12. Fecharam a sexta-feira passada valendo R$ 2.919,37.
Mercado físico
O mercado físico brasileiro permaneceu calmo, praticamente paralisado por toda a semana. Há interesse para todos os padrões de café, mas nas bases oferecidas pelos compradores, os vendedores recuam e os negócios não são concluídos.
Embarques
Até dia 7, os embarques de fevereiro estavam em 2.587.036 sacas de café arábica, 202.593 sacas de café conilon, mais 274.149 sacas de café solúvel, totalizando 3.063.778 sacas embarcadas, contra 3.858.121 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 3.113.722 sacas, contra 4.589.953 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Embarques II
Até dia 7, os embarques de março estavam em 239.192 sacas de café arábica, 7.527 sacas de café conilon, mais 20.840 sacas de café solúvel, totalizando 267.559 sacas embarcadas, contra 210.519 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o mesmo dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 448.424 sacas, contra 294.512 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28/2, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira (7), alta nos contratos para entrega em maio próximo 1135 pontos ou US$ 15,01 (R$ 86,93) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE, fecharam no dia 28/2 a R$ 2.919,37 por saca, e sexta-feira (7), a R$ 2.944,12. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 275 pontos.