Clima
Em um cenário de baixos estoques globais e seguidas adversidades climáticas em todos os principais países produtores de café, a onda de frio que passou sobre os cafezais do sudeste brasileiro no final de semana passado (dias 10, 11 e 12), assustou os operadores e foi um novo alerta, aos cafeicultores e ao mercado, de que sucessivos problemas climáticos continuam atingindo os cafezais brasileiros e derrubando, pouco a pouco, o potencial da próxima safra brasileira 2025/2026, repetindo o que já assistimos no ano-safra 2023/2024, terminado em junho último.
ICE
Os contratos de café na ICE Futures US, em Nova Iorque e na ICE Europe, em Londres, trabalharam e fecharam na última sexta-feira (16) com boas altas, encerrando uma semana de forte alta nas duas bolsas. Os contratos de arábica na ICE Futures US trabalharam em alta. Os para setembro, oscilaram 725 pontos entre a máxima e a mínima, batendo na máxima do dia em US$ 2,4580 por libra peso. Fecharam o pregão valendo US$ 2,4545 por libra peso, em alta de 555 pontos. Na ICE Europe os contratos de robusta para setembro fecharam sexta-feira (16) valendo US$ 4.665,00 por tonelada, em alta de 94 dólares.
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US permaneceram estáveis na sexta-feira (16). Fecharam o dia em 836.921 sacas. Há um ano eram de 514.909 sacas. Subiram neste período 322.012 sacas. Subiram nesta semana 8.412 sacas. Na semana passada caíram 1.585 sacas. No mês de julho subiram 7.530 sacas e no mês de junho 22.623 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar encerrou sexta-feira (16) a R$ 5,4670. Encerrou a sexta-feira anterior (9) a R$ 5,5150. Fechou a sexta-feira (2) a R$ 5,7090. Em reais por saca, os contratos para setembro próximo, em Nova Iorque, fecharam o pregão de sexta valendo R$ 1.775,03. Encerraram a sexta-feira anterior (9) a R$ 1.707,45.
Mercado
No mercado físico brasileiro, os compradores subiram o valor de suas ofertas ao longo da última semana, acompanhando, de longe, a alta nos contratos de café em Nova Iorque, mas não motivaram os vendedores. O mercado físico permaneceu calmo, com volume pequeno de negócios sendo fechados.
CECAFÉ
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de julho foram embarcadas 3.774.021 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 25,7 % (772.249 sacas) mais que no mesmo mês de 2023 e 4,5 % (162.052 sacas) mais que no último mês de junho. Foram 2.491.127 sacas de café arábica (queda de 0.003 %, ou 745 sacas em relação a junho de 2024) e 900.818 sacas de café conilon (alta de 8,9 % ou 73,571 sacas em relação a junho de 2024), totalizando 3.391.945 sacas de café verde embarcadas, que somadas a 376.524 sacas de solúvel (alta de 30 % ou 86.921 sacas em relação a junho de 2024) e 5.552 sacas de torrado, totalizaram 3.774.021 sacas exportadas em junho último.
Embarques
Até dia 16, os embarques de agosto estavam em 941.962 sacas de café arábica, 344.578 sacas de café conilon, mais 101.792 sacas de café solúvel, totalizando 1.388.332 sacas embarcadas, contra 1.438.814 sacas no mesmo dia de julho. Até o mesmo dia 16 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 1704.062 sacas, contra 1.905.742 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 9, sexta-feira, até o fechamento de sexta (16), subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 1140 pontos ou US$ 15,08 (R$ 82,44) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE, fecharam no dia 9 a R$ 1.707,45 por saca, e sexta-feira, a R$ 1.775,03. Ainda na sexta, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 555 pontos.