Chuvas
O avanço de uma frente fria, provocando chuvas irregulares em nossas regiões produtoras de café, que devem continuar nos próximos dias, afastou, no curto prazo, as preocupações dos operadores em Nova Iorque com o tempo seco e o forte calor nas regiões cafeeiras brasileiras. Foi o suficiente para pressionarem as cotações do café nesta semana.
Mercado com semana difícil
Com as visões de mercado dos cafeicultores e dos operadores divergindo, tivemos mais uma semana de mercado físico difícil e travado. Enquanto os cafeicultores brasileiros – que enfrentaram dois anos de sérios problemas climáticos, com perdas significativas na produção, e estão agora bastante apreensivos com as altas temperaturas sobre seus cafezais, que ultrapassaram em vários dias os 35º Celsius, nos últimos dias do inverno e neste início de primavera – se recusam a vender seus cafés nas bases oferecidas pelos compradores, os operadores, especuladores e fundos com interesses de curto prazo, apesar dos estoques globais estarem criticamente baixos, apostam que os repetidos problemas climáticos, no Brasil e em todos os principais países produtores de café, não são suficientes para criarem problemas no abastecimento mundial de café.
Hemisfério norte
O hemisfério norte, onde se concentra o maior número de consumidores, caminha agora para o inverno, quando o consumo de café cresce acentuadamente. Os contratos de café para dezembro próximo na ICE Futures US, bateram na sexta-feira (29/9) em US$ 1,4750 na máxima do dia e fecharam o pregão em queda de 105 pontos, a US$ 1,4615 por libra peso. Já na ICE Europe, em Londres, os contratos de café para novembro próximo fecharam o pregão na última sexta com perdas de 7 dólares, a US$ 2 462 por tonelada.
Estoques
Os estoques de cafés certificados caíram na sexta-feira (29/9) 2.128 sacas e estão em 441.945 sacas. Há um ano eram de 435.409 sacas, quando já eram considerados criticamente baixos. Subiram neste período 6.536 sacas. Na última semana esses estoques subiram 1092 sacas e neste mês de setembro somaram queda de 58.986 sacas. No mês de agosto, a queda foi de 45.369 sacas, e em julho de 16.163 sacas. Em junho recuaram 38.603 sacas. No mês de maio caíram 96.645 sacas e em abril a queda totalizou 62.731 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar fechou na sexta-feira (29/9) em queda de 0,26 % a R$ 5,0270. Quinta-feira (28/9) caiu 0,16 % e quarta-feira (27/9) apresentou alta de 1,20 %. Na sexta-feira anterior, dia 22/9, subiu 1,11 % e fechou a semana a R$ 4,9350. Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo na ICE em Nova Iorque, fecharam na última sexta (29/9) valendo R$ 971,86. Quinta (28/9) fecharam valendo R$ 981,37. Na sexta-feira anterior (22/9) encerraram a semana a R$ 1 010,86. Embarques Até dia 29/9, os embarques de setembro estavam em 2.031.192 sacas de café arábica, 471.361 sacas de café conilon, mais 209.404 sacas de café solúvel, totalizando 2.711.957 sacas embarcadas, contra 2.583.141 sacas no mesmo dia de agosto. Até o mesmo dia 29 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em setembro totalizavam 2.982.040 sacas, contra 2.962.975 sacas no mesmo dia do mês anterior.Bolsa Nova IorqueA bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 22/9, sexta-feira, até o fechamento do dia 29/9, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 500 pontos ou US$ 6,61 (R$ 33,25) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 22/9 a R$ 986,31 por saca, dia 29/9, a R$ 971,86. Ainda na última sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 105 pontos.