Mercado
Na última semana, o mercado de café apresentou fortes oscilações na ICE Futures US em Nova Iorque e na ICE Europe, em Londres. Operadores, fundos e especuladores continuam acompanhando o andamento da colheita brasileira e apostando que ela terá tamanho suficiente para dar tranquilidade ao abastecimento mundial, em conjunto com uma grande safra brasileira em 2024.
Colheita
Até agora, o que temos de concreto é que nossa colheita 2023 avança e se aproxima do final, com o relato, de cafeicultores e cooperativas, sobre um volume colhido menor do que o projetado antes do início dos trabalhos, e os armazéns estão com menos café do que o usual em final de colheita.
El Niño
Estamos em pleno inverno no Brasil e são previstas temperaturas altas nos próximos dias. O El Niño está entrando, e meteorologistas preveem que será de média a forte intensidade. Os problemas climáticos se sucedem em todo o mundo, levando os cafeicultores a se preocuparem com as condições climáticas que enfrentarão até a entrada da próxima safra em 2024.
Queda no preço
Esse cenário, em conjunto com a queda forte nos preços do café, leva os produtores a venderem sua produção apenas em volume suficiente para cumprirem com os compromissos mais próximos. Sabem que os estoques mundiais estão perigosamente baixos, e preferem ficar com o café produzido, aguardando um quadro mais claro do que acontecerá com a produção brasileira e mundial de café.
Queda nos contratos
A última sexta-feira (4) foi de queda para os contratos de café nas bolsas de Nova Iorque e de Londres, mas, em uma semana de muita oscilação, o balanço semanal foi de alta nas duas bolsas. Em Nova Iorque, os contratos para setembro próximo bateram em US$ 1,6500 na máxima do dia e fecharam o pregão em baixa de 340 pontos, a US$ 1,6135 por libra peso. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de café para setembro próximo recuaram 33 dólares e encerraram a última sexta-feira valendo 2 612 dólares por tonelada.
Dólar e o preço/saca
O dólar fechou sexta-feira (4) em queda de 0,45 % a R$ 4,8760. Na sexta-feira anterior, 28/7, fechou a R$ 4,7310. Em reais por saca, os contratos para setembro próximo, na ICE em Nova Iorque, fecharam a R$ 1 040,70. Quinta-feira (3) fecharam o dia a R$ 1 067,43. Na sexta-feira anterior (28/7), fecharam a semana valendo R$ 988,16.
Embarques
Até dia 4, os embarques de julho estavam em 2.170.694 sacas de café arábica, 476.913 sacas de café conilon, mais 289.536 sacas de café solúvel, totalizando 2.937.143 sacas embarcadas, contra 2.582.036 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 4 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 2.750.281 sacas, contra 2.662.344 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Embarques II
Até dia 4, os embarques de agosto estavam em 120.058 sacas de café arábica, 31.866 sacas de café conilon, mais 2.070 sacas de café solúvel, totalizando 153.994 sacas embarcadas, contra 215.971 sacas no mesmo dia de julho. Até o mesmo dia 4 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 448.414 sacas, contra 299.048 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 28/7, sexta-feira, até o fechamento do dia 4, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 345 pontos ou US$ 4,56 (R$ 22,25) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 28 a R$ 988,16 por saca, e no, dia 4, a R$ 1040,70. Também na última sexta, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 340 pontos.