Moradores das ruas Inspetor Danilo Capela e Reverendo Boanerges de Almeida Leitão cobram conclusão de obra de rede pluvial
CARATINGA- Os moradores das ruas Inspetor Danilo Capela e Reverendo Boanerges de Almeida Leitão, no Bairro Santa Zita, procuraram o DIÁRIO para cobrar providências a respeito de transtornos envolvendo uma obra de rede pluvial que não foi concluída.
Conforme apurado pela reportagem, a área em questão que tem provocado os transtornos foi doada para o município com objetivo exclusivo de abertura de rua ligando a Travessa Wilson Ferreira dos Santos a Rua Joaquim Vicente Bonfim.
Informações extraoficiais dão conta de que a obra de rede pluvial que foi iniciada pelo município seria a solução para o problema, porém, é necessária a intervenção em área de terceiros para passar com a tubulação, necessitando de liberação do proprietário. A prefeitura já teria feito um decreto de desapropriação desta área e o caso segue na Justiça, para que haja a emissão de posse do terreno para o município prosseguir com os serviços de drenagem no local.
Conforme eles relatam, na chuva tem lama, na seca tem poeira. Helia Aparecida de Lana, moradora da Rua Reverendo Boanerges de Almeida Leitão destaca que o problema já é antigo. “Fomos à prefeitura pedindo para fazer alguma coisa para resolver a situação da lama da rua clandestina. O ano passado começaram uma rede pluvial, que está toda entupida. Pedimos para resolver a situação para nós, porém, não desentupiram a rede, não foi feito nada a esse respeito, simplesmente jogaram uma terra em cima das manilhas e não refizeram o asfalto. Estamos com uma poeira no período de seca, tudo dentro das casas, não teve solução do problema. A rede continua aí sem acabar e a terra dentro das nossas casas. Já vai começar daqui a pouco o período chuvoso e vem tudo de novo, os buracos, a poeira novamente, então, solicitamos às autoridades competentes a solução do problema”.
Carolina Pires, que reside na Rua Inspetor Danilo Capela há 22 anos também destaca os problemas enfrentados. “Até então a rua era uma maravilha. Infelizmente, com esse loteamento que fizeram aqui em cima, nossa rua acabou. Já tem um ano que estamos lutando para ver se melhora, se acaba esse serviço. O prefeito veio, disse que ia fazer a rede pluvial e não fez. As manilhas estão todas entupidas debaixo da terra, quando vem mexer é na época da chuva e está desse jeito. Se eu morasse de aluguel eu já tinha mudado, mas, infelizmente eu construí e nem se eu quisesse vender agora, não tem valor do jeito que nossa rua acabou. Queremos que o prefeito vem dar uma olhada para nós, se não vai fazer a rede pluvial, passa o asfalto, para acabar com isso”.
Ela ressalta que a situação também afeta a saúde dos moradores. “Temos idoso com Alzheimer, que não pode ficar numa varanda para tomar sol, devido a isso. Meus netos com problema de bronquite, eu tenho problema respiratório também. Estamos sofrendo, não podemos abrir a casa, vem o calor aí, vamos ficar presos dentro de casa? Quando chove não temos como tirar o carro da garagem, se for um caso de emergência a gente não sai, de tanta lama. Fizeram essa estrada, ela deu erosão e não passa nada. Desce essa lama, esses lixos e vem tudo na nossa porta, já que o prefeito entrou de parceria com dono do lote, que acabe o serviço”.
Maria Celia Araújo, que também reside na mesma localidade, declara a situação como “insustentável”. “Desde que foi feito o corte clandestinamente nesse morro, enfrentamos com toda chuva, muita lama, dificuldade de circulação, todo o acesso aos bairros Santa Zita e Esplanada fica muito difícil. E, agora, com esse problema da rede pluvial toda entupida, estamos vivendo agora essa situação de poeira que está prejudicando a saúde de todos os moradores. Esperamos como cidadãos a solução, tem que ser feita alguma coisa para que voltemos a ter uma vida mais tranquila, sendo respeitados nossos direitos como cidadão”.
Antônio Roberto Faria acrescenta que o desejo é de uma solução imediata. “A maioria das manilhas foi quebrada para tentar desobstruir. Acabou que não desobstruiu, está entupida, ou seja, não tem mais finalidade nenhuma com essas manilhas. A água está descendo e os barros também. Precisamos de solução, o problema ficou maior, não podemos tirar carro da garagem, poeira na rua o tempo todo, pedimos para jogar uma água, ninguém vem”.
Adenilda Lisboa, que reside na localidade há 18 anos, lamenta a demora por providências e cobra responsabilidades. “A prefeitura veio, quebrou tudo isso, imaginamos que seria uma coisa dentro daquele tempo morno dela, mas, que saísse a tempo. Hoje estamos sofrendo com a questão da poeira, temos uma mãe idosa de 93 anos e um marido de 81 anos que tosse a noite toda e essa poeira que invade a casa. Depois que quebraram, todas as vezes que chove um pouquinho mais grosso, entra água na minha garagem, nunca entrou água. Eles precisam resolver isso, é uma vergonha. A gente vota, paga imposto. Onde estão a Câmara e o prefeito?”.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Caratinga a respeito da situação destas ruas, no entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.