Municípios de Pingo-d’Água e Marliéria firmam acordo para a reforma da Ponte Queimada

Incêndio criminoso levou a interdição da ponte (foto: Prefeitura de Pingo-d’Água)

PINGO-D’ÁGUA- Os gestores dos municípios de Pingo-d’Água e Marliéria confirmam que irão assumir a iniciativa de reforma da Ponte Queimada, sobre o rio Doce. A decisão deve ter o apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da empresa Cenibra e do Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG), que dará suporte na parte técnica. Ainda não há datas exatas para início ou duração do serviço, mas a expectativa é que dentro de um ano a ligação esteja totalmente restaurada.
Uma das entradas para a área do Parque Estadual do Rio Doce, a ponte histórica tem 200 metros de extensão ligando os municípios de Marliéria e Pingo-d’Água sobre o rio Doce. Há muitos anos o acesso já sofria com sua estrutura danificada pela ação do tempo e sua travessia arriscada. O local teria recebido esse nome em razão de um incêndio por volta de 1793, mas a autoria deste incêndio possui versões divergentes. Índios acusam soldados e os militares acusam os índios na época.
Desde o Brasil colônia até agora a atual é a terceira ponte construída naquele ponto.
Na semana anterior, a ponte voltou a ser alvo de um incêndio criminoso ocorrido na segunda-feira (21/8). Vídeos gravados mostram os dormentes que compõem o tabuleiro da ponte em chamas. O fogo danificou de vez a passagem pelo local. Uma extensão de aproximadamente dez metros do tablado ficou intransitável, levando à interdição total da passagem.

União
O prefeito de Marliéria, Hamilton Lima (Republicanos), disse que nesta semana ele e o prefeito de Pingo-d’Água, Luiz Paulo Coelho (PDT), negociam junto à Cenibra a doação da madeira necessária para a reforma da ponte. Com o material doado, a mão de obra será levantada pelas duas prefeituras. Mas ainda não existe estimativa do custo total e nem do período exato para a reforma do equipamento.
A ponte possui pilares de concreto e vigas de aço e apenas os travessões e longarinas que são de madeira foram danificados pelo fogo. “Será necessário a reforma apenas do forro da ponte, a estrutura está boa e é isso que nós vamos fazer e acredito que até a próxima semana nós já teremos uma definição final sobre a reforma”, completou Hamilton Lima.

Trecho fora da área do DER
Procurada pela reportagem para saber quais providências seriam tomadas com relação à situação da Ponte Queimada, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) repassou o questionamento ao DER-MG. A autarquia, porém, informou que o trecho citado não faz parte da malha rodoviária sob sua responsabilidade.

Apoio técnico
Apesar da informação do DER, o prefeito de Pingo-d’Água, informou que o DER dará o suporte técnico no processo de restauração a ser iniciado pelos municípios, conforme decisão tomada em reunião realizada em Belo Horizonte na última semana. “Fizemos um pacto de reforma desta ponte com o IEF, DER e Cenibra, que irá nos doar as madeiras. As prefeituras de Pingo-d’Água e Marliéria vão cerrar e tratar essa madeira e o DER fará a parte técnica pra colocar os mourões e os pranchões, e isto tudo em um prazo de um ano”, confirmou Luiz Paulo.

Fonte: Diário do Aço

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