Novos valores de multas já valem a partir de terça (1/11) e o inspetor da PRF, Luiz Tarcízio, ressalta alguns cuidados a serem tomados nas rodovias
CARATINGA – A partir desta terça-feira (1/11), os valores das multas de trânsito aumentam consideravelmente e este aumento varia entre 53% e 66%. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Tarcízio, explicou que desde 2002 não havia reajuste nas multas, por isso o aumento. Outro fator apontado por Tarcízio como motivo do reajuste é o efeito educativo, uma vez que as pessoas não entendem que precisam obedecer as regras de trânsito quando não são prejudicados financeiramente. “Como não tem educação de trânsito na escola, os motoristas são mal formados porque autoescola não tem condições de formar como é preciso. A maioria não tem educação para dirigir. Só através da punição há possibilidade na redução de infrações e o principal objetivo é diminuir acidentes graves, que acontecem de acordo com as estatísticas, durante o dia com reta e boa visibilidade. Isso é imprudência, o motorista faz uma ultrapassagem forçada, provocando colisões frontais”, afirmou o inspetor da PRF.
Inspetor Tarcízio ressalta que multas para quem anda com farol apagado ou manuseando o celular enquanto dirige, podem ser feitas sem abordagem policial
MUDANÇAS QUE GERAM SEGURANÇA
Falar ao celular quando se está ao volante é perigoso e proibido, e com o avanço da tecnologia, os riscos aumentaram muito, já que vários motoristas leem e respondem mensagens enquanto dirigem. “A questão mais grave não é falar, mas receber e mandar mensagens. Acidentes acontecem em frações de segundos, a pessoa não tem a paciência de encostar o veículo e ler para depois seguir. Às vezes o motorista está indo sozinho na pista, mas se parou para olhar mensagem, acaba saindo da pista e até capotando o carro”, explicou Tarcízio.
O motorista que for flagrado falando ou manuseando o telefone em vez de levar uma multa média de R$ 85,13 (valor atual), receberá uma multa gravíssima de R$ 293,47.
Outra mudança que o inspetor vê como algo fundamental para a segurança no trânsito nas rodovias é o uso do farol alto. A lei havia sido suspensa, como já explicado pelo DIÁRIO DE CARATINGA, pois havia uma liminar em que as pessoas alegavam que ficava complicado distinguir em alguns locais as rodovias de avenidas ou mesmo ruas, como acontece no perímetro urbano da BR-116 aqui em Caratinga. Tarcízio deixou claro que mesmo sendo avenida, se o local é cortado pela BR e há identificação, através de placas, como a do quilômetro, por exemplo, é obrigatório o uso do farol alto. “Veículo com farol aceso é mais visível durante o dia. É comum no entardecer, dependendo da cor, o veículo se misturar com a natureza e não ser visto. As motos sempre tiveram que usar, para serem vistas no sentido contrário. E assim o objetivo desta lei é evitar acidentes mais graves, que são as colisões frontais que causam mortes”.
FISCALIZAÇÕES
A Polícia Rodoviária Federal continua normalmente com as fiscalizações e um alerta feito pelo inspetor Tarcízio é que as multas para quem está manuseando o celular ao volante ou trafegando com farol apagado ou baixo, podem ser feitas sem o veículo ser abordado. “Essas multas podem ser feitas sem abordagem. Se o policial avistar a infração e na hora não tiver condições de parar o veículo, o motorista será multado do mesmo jeito. Por isso devem estar atentos”.
Quanto ao pagamento das multas, atualmente o desconto é de 20% se o motorista não recorrer e pagar dentro do prazo, já a partir de terça-feira (1/11) passa a ser de 40%.
Algumas infrações gravíssimas com multiplicador de 10 vezes terão seu valor de R$ 2.934,70, como, por exemplo, nos casos do motorista estar disputa de racha ou forçando uma ultrapassagem em estradas. Isso se aplica também nos casos onde o motorista se recusar a fazer exame clínico, teste de bafômetro ou perícia para verificar presença de drogas ou álcool no sangue. Nesta situação, a habilitação é suspensa por 12 meses e se o caso for reincidente em menos de um ano, a multa será dobrado, chegando ao valor de R$ 5.869,40.
