Generaldo Bragança, auxiliar técnico, faz balanço da unidade em Caratinga
CARATINGA – As fortes chuvas que atingiram toda a região no último final de semana também refletiram na Ceasa-MG (Central de Abastecimento de Minas Gerais). De acordo com Generaldo Bragança de Lima, auxiliar técnico da Ceasa Minas, unidade Caratinga, “de novembro pra cá as chuvas intensificaram muito, tendo uma perda de 10% na produção de repolho e no tomate também”.
Mas para Generaldo, a chuva não atrapalhou na questão da produção, “mas o problema maior foram as condições das estradas vicinais que ficaram comprometidas”.
Na Ceasa de Caratinga, a região produtora está num raio em torno de 50 quilômetros, sendo a cidade mais longe, São João do Oriente. “Para onde os produtos são levados, aí já é mais longe, como Muriaé, Ipatinga, Governador Valadares, Rio de Janeiro, e até Juiz de Fora. Todo esse pessoal adentra pra fazer suas compras, quer seja no varejo, quer seja as pessoas que vendem no atacado. Os grandes supermercados hoje estão frequentando a Ceasa. Eu correria o risco muito grande de citar todos aqui, por isso eu digo que os grandes supermercados também têm dado preferência por vir a Caratinga, porque é zona produtora. Para amanhã (quinta-feira, 13), por exemplo, estamos esperando um volume maior de produtos, porque sábado e domingo choveu muito, alguns produtores deixaram de vir, com isso o preço foi mais alto. Falta da oferta, agora para amanhã com esse sol, pode ter madurado muito tomate, mas não posso dizer a quantidade certa que vai chegar, mas com certeza na nossa visão, na nossa compreensão de mercado, será uma oferta maior amanhã, consequentemente o preço médio praticado na última segunda-feira (10), amanhã pode cair um pouco”, explicou Generaldo.
Sobre o preço dos produtos que chegam ao consumidor final, Generaldo explicou que no dia a dia do mercado, que nem vai subir e nem baixar, deve ficar na média dos últimos 30 dias.
Ainda segundo o auxiliar técnico, o produtor que vai à Ceasa vender, está habitualmente acostumado com as coisas, mas a dona de casa reclama que o preço está alto, e não agradece quando está baixo. “E hoje o que acontece é que os custos de produção estão muito altos, que compra para tomate era R$ 80,00, também sou um pequeno produtor, hoje se paga R$ 300,00. As pessoas precisam entender que a elevação desses custos, desses produtos, no Brasil ainda hoje, se devem ao fato da maioria deles serem importados, e a importação é em dólar, e aí crescem os valores dos produtos. Relativamente o produtor não está ganhando dinheiro, mas está na oferta da média baixa pra cima, mas não está compensando grandes coisas no momento, e ainda vem a chuva que é intempérie da natureza, mas quando chove é melhor para o lençol freático, segura a água por mais tempo no solo, o ganho é da agricultura”, concluiu Generaldo.