Morte na estrada para o presídio de Caratinga

Romário foi morto na manhã do último sábado (14) (foto: Arquivo)

Romário foi morto na manhã do último sábado (14) (foto: Arquivo)

Oficial fala dos levantamentos feitos pela PM

CARATINGA – Na manhã do último sábado (14), Romário Ferreira de Paiva, 24 anos, foi morto logo após deixar o presídio de Caratinga, no Córrego dos Bias, local onde cumpre pena em regime de albergue. Romário foi assassinado com vários tiros. Outro albergado, 22, ficou ferido e foi conduzido ao Pronto Atendimento Microrregional (PAM). Ele levou um tiro na clavícula e foi medicado, não correndo risco de morte.  Na tarde do mesmo dia, o tenente Christófori concedeu entrevista onde falou dos levantamentos feitos pela Polícia Militar sobre esse homicídio.

O oficial disse que a PM foi até o Pronto Atendimento e conversou com a vítima, que relatou que havia mais três albergados no Monza, placa GKW-0040/Caratinga, incluindo a vítima fatal Romário, e que eles deixaram a unidade prisional por volta das 5h30. “Ele disse que durante o deslocamento, ainda na serra, foi interceptado por um veículo. Cinco indivíduos, que usavam máscaras e portavam armas, desceram do carro dizendo ‘perdeu, perdeu’. Ele contou que escutou os disparos e foi atingido. Ainda segundo o albergado, ele desmaiou, não soube passar mais detalhes e não se lembra como a vítima Romário foi tirada do veiculo.”, especificou tenente Christófori. Os outros dois passageiros fugiram por um matagal quando Romário era executado.

O tenente disse que a PM segue com os levantamentos, mas que a motivação ainda era desconhecida. “Sabemos que o indivíduo chamado ‘Romarinho’ teve vários envolvimentos com crimes contra o patrimônio, dentre eles, furtos e roubos. Poder ter havido um acerto de contas ou alguma desavença”, pontuou o oficial.

Conforme o oficial, a vítima disse ainda para os policiais que eles pararam o Monza porque ele apresentou defeitos mecânicos. “A pessoa (no caso, a vítima que foi levada ao PAM), que conduzia o carro, alegou que o veículo apresentou um problema mecânico logo na saída do presídio e já próximo do acesso a BR-116, voltou a apresentar esse problema”.

Os primeiros levantamentos indicam que o alvo era mesmo Romário. “Tudo leva a crer a que a vítima foi executada fora do carro, já que dentro do veículo a perícia não encontrou nem perfurações e nem manchas de sangue”, ponderou o oficial, acrescentando que a PM continua com seus levantamentos para chegar aos autores desse crime.

A Perícia Técnica da Polícia Civil recolheu no local, 17 cápsulas .380 e de cinco munições calibre 38, todas deflagradas. Foram constatadas duas perfurações nas nádegas, uma na região lombar, uma na mão e várias na região da cabeça.

“A PM trabalha com informações e esperamos que a população contribua com informações via 190. Qualquer denúncia será tratada de forma anônima. Temos mostrado excelentes respostas quando trabalhamos em conjunto com a população. Esse crime não pode passar impune, temos que levantar informações e a Polícia Militar conta com a colaboração de todos”, finalizou o oficial.

 

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