A história do “Pai Nosso” é, sem dúvida, bastante marcante
Os escritores do Evangelho, companheiros das caminhadas e dos eventos de Jesus, muito cedo notaram que o seu Rabi tinha desenvolvido costumes bem peculiares. Sim, oração fazia parte da herança recebida na milenar cultura hebraica. Mas, a forma de torna-la uma necessidade diária, e o jeito tão pessoal de falar com o Criador, com todo o respeito – mas tão natural, como numa conversa entre pai-e-filho – isso sempre os impressionava.
Por isso chega o dia em que eles vão ao Mestre e dizem: – Ensina-nos a orar.
Eles falaram isso porque não apenas viam o que ele fazia, mas que isso trazia resultados – e, como ele mesmo provou, isso era mais importante que o alimento, ou o sono.
Assim, ele lhes concede essa lição maravilhosa que nós chamamos de Pai Nosso, e que muito cedo em nossa tradição cristã aprendemos de cor.
Queria destacar hoje – nesta primeira parte do “Modelo” – aquilo que diz respeito à pessoalidade na comunicação.
Aqui oração é uma conversa entre o ser humano e o seu Criador. E é inesquecível o que o menor destaca sobre o maior:
– ‘pai’, que certamente nos coloca em posição mais abaixo, e numa dependência até vital – foi ele que nos deu vida, é dele que emanamos!
– ‘nosso’ – não é meu pai, mas é de todos nós: estou me identificando dentro da família humana, e qual é o meu relacionamento com nosso Criador – ele que é o pai.
– ‘que estás nos céus’ – na compreensão de Jesus, o Pai tem o seu lugar próprio onde mora, se bem que ele pode estar em todo o lugar. Mas para nós, ao orarmos, é de suma importância que reconheçamos onde ele está, porque ‘céus’ aqui também indica uma posição e um lugar acima das vulnerabilidades e limitações da nossa localização.
– ‘santificado seja o teu nome’ – como o nome é importante, e a palavra original para ‘santificar’ quer dizer “separar, manter separado”, isto é, que não seja manchado por qualquer coisa – simplesmente, só ele e em relação a ele, este é o desejo que Cristo expressa em relação ao Pai dele, e ao nosso Pai.
– ‘venha a nós o teu reino’ – ele quer que peçamos a vinda do reino do Pai aqui entre nós. Em outras palavras, ele quer que aqui em nosso meio reine o mesmo amor, a mesma paz, o mesmo dinamismo, criatividade, realização, justiça como ali no seu reino, do qual brotou essa criação sobre a qual nos maravilhamos a cada novo dia!
– ‘seja feita a tua vontade’ – até aqui, notemos, a referência na oração-modelo é somente dada a Deus, e da forma mais pessoal possível. Neste ponto é tratada a questão da vontade – que problema para nós! Ali onde há dois humanos, temos pelo menos quatro vontades! Por isso, em nossa oração devemos clarificar isso: não a minha, nem a nossa, mas a tua vontade seja feita.
– ‘assim na terra como no céu” – o alvo do Pai é uma unidade, união e conformidade sobrenatural de todas as vontades, de sorte que em tudo haja apenas um desejo, uma aspiração, uma vontade: a daquele que é onisciente, e cuja natureza é, na essência, boa! E isso, sem a aniquilação ou anulação das outras vontades!
Oração é algo pessoal, que envolve duas pessoas, que se amam e se respeitam, que reconhecem um ao outro naquele lugar ou posição na qual cada um está.
Oração é nossa oportunidade diária de demostrar ao Criador que o reconhecemos e que o queremos ao nosso lado. Dia após dia.
Este é um excelente princípio e resumo da Teologia. Não importa a nomenclatura!
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