Missa para comemorar o Mês de Maria e refletir sobre a Abolição da Escravatura

Padre José de Fátima, coordenador diocesano de Pastoral Afro Brasileira da Diocese de Caratinga
Padre José de Fátima, coordenador diocesano de Pastoral Afro Brasileira da Diocese de Caratinga

Padre José de Fátima, coordenador diocesano de Pastoral Afro Brasileira da Diocese de Caratinga

Celebração acontece às 19h30 desta sexta-feira (13), na Igreja do Senhor Bom Jesus, no Bairro Santa Cruz

CARATI

NGA – Amanhã, às 19h30, uma missa em comemoração ao Mês de Maria será realizada na Igreja do Senhor Bom Jesus, no Bairro Santa Cruz. Durante a celebração, padre José de Fátima Rosa também tratará sobre a Abolição da Escravatura, cuja data é comemorada justamente no dia 13 de maio. “Aproveito para agradecer ao padre Flávio Pereira Alves, da Paróquia do Santa Cruz; e ao bispo dom Emanuel Messias pela oportunidade concedida. Para essa missa, são esperados, além de Caratinga obviamente, pessoas das cidades de Dom Cavati, Espera Feliz, Inhapim, Manhuaçu, Manhumirim e Vargem Alegre”, listou o padre.

MÊS DE MARIA

Padre José de Fátima, que é o coordenador diocesano de Pastoral Afro Brasileira da Diocese de Caratinga e pároco em Dom Cavati, destacou que o mês de maio é muito festivo, já que é o período onde se comemora o dia das Mães, além de ser o mês dedicado à Maria. “Então esse mês é de profunda fé. Como diz João no capítulo 5, versículo 4: ‘O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé’. Ter fé é aceitar o projeto de Deus. Deus confia mais no ser humano do que ele em Deus. Ter fé não é só crer em Deus, é aceitar o seu projeto de amor”, pontuou o religioso.

Ele acrescentou que 13 de maio também é uma data dedicada a Nossa Senhora de Fátima, “que tem grande devoção popular”.

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

A Abolição da Escravatura aconteceu no dia 13 de maio de 1888, graças a Lei Áurea, oficialmente Lei Imperial n.º 3.353. A lei é de autoria da Princesa Isabel. “Queremos refletir sobre essa data. Penso que o aspecto mais importante é poder fazer uma revisão da caminhada dos negros tanto na igreja quanto na sociedade”.

Para padre José de Fátima, o crescimento da consciência negra é nítido. “O negro assume sua cultura, seu lugar, seu valor e sua raça, tomando postura em todos os aspectos da sociedade. Também vemos mulheres negras à frente em vários assuntos, seja na vida social, pública ou religiosa. Essa riqueza profunda ajuda na formação da negritude”.

O padre observa que atualmente as escolas também desempenham um trabalho de conscientização, abordando o conteúdo afro-brasileiro. “Dentro dessa dinâmica vejo que o dia 13 de maio é para refletir os aspectos social, religioso e humano de nossa cultura”, frisou padre José de Fátima.

Ao final, padre José de Fátima fez um convite para um evento que acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Dom Cavati. “Será um estudo envolvendo os grupos de consciência negra da Província de Mariana, composta além da sede pelas dioceses de Caratinga, Coronel Fabriciano/Itabira e Governador Valadares”.

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