CARATINGA- O Ministério Público, por meio da promotora Gláucia Vasques Maldonado de Jesus, apresentou denúncia contra o vereador Ronilson Marcílio Alves e os comparsas, Alessandro Augusto Teixeira Pinheiro, Bruno dos Anjos Freitas Rabelo e Giorge de Carvalho Lima, pelos crimes de extorsão e organização criminosa.
De acordo com os autos do processo que são relatados na sentença que negou a liminar em Habeas Corpus de Bruno, a vítima compareceu a delegacia e relatou que teria seria sido procurado por dois indivíduos, que teriam lhe informado de que uma terceira pessoa teria vídeos íntimos dela. Para não divulgar o material, eles exigiram o pagamento da quantia de R$ 200.000.
A vítima forneceu seu aparelho celular com mensagens de “WhatsApp” e foi feito o pedido de interceptação telefônica dos acusados, sendo apurado que várias vezes as vítimas conversaram entre si, planejando como seria a divisão do dinheiro que seria pago, como agiriam de forma mais segura e combinando a forma como pressionariam a vítima para fazer o pagamento da quantia exigida.
Os acusados serão citados para responder à acusação e uma audiência será agendada para oitiva da vítima e testemunhas de acusação e defesa. Na fase de alegações finais, o processo irá para sentença do juiz e, caso condenados pelo crime de extorsão, os acusados poderão cumprir pena de 4 a 10 anos de reclusão, já pelo crime de organização criminosa são 3 a 8 anos de reclusão.
REPERCUSSÃO
As imagens do vereador Ronilson algemado e com uniforme de presidiário sendo empossado na Câmara de Caratinga têm repercutido nacionalmente. O assunto já foi comentado nos principais canais de notícia e viralizou nas redes sociais.
Muitas pessoas satirizam o juramento feito pelo vereador, que tem os seguintes dizeres: “Prometo cumprir dignamente o mandato que me foi confiado, respeitar a Constituição Federal, a Constituição do Estado e a Lei Orgânica Municipal e observar as leis, trabalhando pelo engrandecimento do município e o bem estar de sua população”. Eles ainda questionaram o fato dele poder exercer o mandato, continuar recebendo o subsídio e comparecer escoltado às reuniões, que recomeçam no dia 15 de fevereiro e são realizadas às terças-feiras. Se não comparecer, o vereador deve justificar.