(Noé Neto)
Minha terra tem palmeiras, mas também tem róseos ipês. Tem meninos maluquinhos a brincar, a correr e meninas Miss, a embelezar, enaltecer.
Em minha terra cantam os sabiás, mas também canta Ana Lígia, Boca, Marina… Agnaldo, “se algum dia a minha terra voltar.”
Na minha terra rodeamos para conversar, geralmente essa roda é em farta mesa de um bar. Mesa árabe da Tenda, feijoada do Piniquinho ou em um belo fim de tarde saboreando o salgadinho do Sô Quinzinho.
É a terra do Cará, mas tem café para todo lugar. Afinal nesta terra “se plantando tudo dá.”
Minha terra, também é a da Itaúna, da luta por te preservar. Lá do alto se vê ao fundo a frágil e batalhadora Antena a trabalhar.
Terra santa. Sempre acordada a correr, minha terra é a Santa Cruz, protegida noite e dia sob o manto sagrado do Senhor Bom Jesus.
Minha terra santa é Santa Zita, onde ainda ecoa a voz de Padre Colombo, cantando no santuário em segundas de muito trabalho.
Esta terra tem florestas, com fortes árvores protegidas por Feliciano. Forte gente, homens fortes, Fabinho, Dário ou Dr. Eduardo… Gente do povo sofrido, que se fortalece em terreno abençoado.
Do Limoeiro de minha terra, frutos são as memoráveis primaveras de jogos estudantis. Tempos em que sempre levantava a taça o campeão que um dia foi Polivalente.
Minha terra não é 100 é 116, “cortando” os sabores do Zacarias ou recebendo as Graças de um povo acolhedor.
Aqui, futebol é arte. Parte do Dragão, América, Anápolis e chega às verdes glórias do Esplanada.
Minha terra é terra de super-herói, guardada diariamente pelo Super Piter e sua história de amor que nada destrói.
Minha terra não é um elemento é conjunto. Conjunto Habitacional, união de pessoas que se amparam e compartilham um bairro sem igual.
Minha terra é a alegria do Juarez, a sabedoria do Estadual, mas também pode ser o reinado de uma Princesa imponente, monumental.
Terra de santos… Antônio, José, Boreli. Também é casa de Maria… Aparecida, Rita, Coutinho.
Minha terra não é só minha é de quem aqui nascer, de quem chegar, de quem passar. Em 170 anos de existência só posso agradecer a esta terra por tanta semente boa germinar.
Prof. Msc Noé Comemorável
Escola “Prof. Jairo Grossi”
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Escola Estadual Princesa Isabel