Com a informação de duas pacientes que testaram positivo para febre Oropouche, em Ipatinga, na Região do Vale do Rio Doce, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou outros dois relatos da doença. Conforme a pasta, as ocorrências foram em Gonzaga, também no Rio Doce, e Congonhas, na Região Central do estado. As contaminações foram detectadas a partir de amostras de sangue, devido à suspeita de dengue, chikungunya ou zika.
Apesar de a doença ter sido identificada no país pela primeira vez em 1960, o governo de Minas afirma que não há registros de casos ou óbitos pelo vírus até maio de 2024, quando foram localizados as contaminações. Desde então, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado (Cievs-Minas) está acompanhando a evolução dos casos e “conduz a devida investigação epidemiológica no estado.
A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por um mosquito, o culicoides, também conhecido como borrachudo, assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo Aedes aegypti.
Mas não é só isso que as doenças têm em comum, os sintomas também são parecidos: dor muscular, de cabeça, nas articulações, náusea, vômitos e diarreia. Segundo Flávia Cruzeiro, médica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas, o período de incubação da doença – ou seja, o intervalo entre a data do primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas da doença – é de três a sete dias.
Minas confirma quatro casos de febre Oropouche
